Goionews - Todo mundo lê!

Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Nos dias atuais, ser cristão autêntico parece incomodar muita gente, em muitos lugares o adolescente, o jovem e até o adulto enfrentam resistência por suas posturas. Ser cristão é alvo de deboche, de isolamento e até de separação.
Enquanto algumas empresas pedem preferencialmente candidatos que professem a fé, outras querendo ser politicamente corretas delicadamente rechaçam esses candidatos. O interessante é que em épocas de eleições todos os candidatos vão as Igrejas tentando angariar os votos dos fiéis. 
Muitos inclusive usam jargões cristãos, como por exemplo “a Paz do Senhor”, para se mostrarem mais aceitos naquelas comunidades, alguns chegando até ao ponto de participarem da Mesa da Ceia, ou delicadamente pegarem a hóstia e veneradamente a colocarem na boca, mas passada a eleição nunca mais retornam à Igreja, até é claro as próximas eleições.
Outros mais “sinceros”, e buscando um outro público afirmam que a religião é um monstro devorador, e os pastores são todos corruptos e que roubam seus fiéis. Não existe momento mais precioso para se conhecer aqueles que buscam nosso voto, através de seus comportamentos.
Essa semana por exemplo uma senhora de filósofa de formação, e que também foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT), no ano de 1980, tornando-se Secretária Municipal de Cultural da cidade de São Paulo, durante o mandato da ex-prefeita Luiza Erundina.
Durante uma palestra na USP disse que ao ouvir essa frase do motorista de Uber a deixou profundamente desconfortável. Em suas próprias palavras durante a palestra, ela se referiu à expressão como uma imposição fundamentalista.
Segundo ela, essa prática é um reflexo do avanço das religiões pentecostais, (sic), apesar de seu conhecimento não sabe que não existem “religiões pentecostais”, mas sim Igrejas Pentecostais, e que inclusive hoje uma boa parcela da Igreja Católica também está se tornando “pentecostal”, pois está passando por um forte momento avivalista no Brasil, algo que ela associa a uma visão de mundo mais conservadora e menos aberta ao diálogo. Outro fator interessante que também pelo visto é de desconhecimento dessa senhora, é que não existe cristã que não seja pentecostal, pois todas nasceram após o Pentecostes de Jerusalém, segundo o livro de Atos capítulo 2, versículo 4: “ e todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia”. 
E outra coisa, a religião de Cristo sempre foi conservadora, pois é orientada pelas leis constantes na Bíblia, e diferente do que ela diz, sempre fomos muito abertos ao diálogo, pois é uma característica de todo aquele que professa a Cristo.
A frase aparentemente inofensiva “Fica com Deus” se torna, para ela, um símbolo do avanço dessa mentalidade em espaços públicos e privados. Aqui esta senhora fala a realidade pois como seguimos a Bíblia ela nos ensina na segunda carta de Paulo a Timóteo capítulo 4, versículo 2: “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina”. Dessa maneira com amor e segurança levamos a boa mensagem.
Para além do incômodo pessoal, ela levanta um debate sobre a separação entre Estado e religião, questionando se o uso comum de expressões religiosas não infringe essa divisão, infelizmente nessa frase ela se equivoca, pois estado somos todos nós pessoas que vivemos, construímos, trabalhamos e cultuamos a Deus. Então dentro desse pensamento também não deveríamos ter as bandeiras hasteadas,  pois muitos dos residentes não conseguem distingui-las com perfeição do que representam. Como podemos entender esta senhora muito culta e já com longa caminhada pela vida, ainda tem muito a aprender com os cristãos, e não ficar incomodada quando cumprimentada ou despedida com a frase “Fica com Deus”, pois quem a diz está lhe desejando paz, saúde e orientação. Dessa maneira termino esta crônica desejando a todos neste final de semana que Fiquem com Deus. Shalom.