sexta-feira, 3 de maio de 2024
PSICOLOGIA EM FOCO

TRAUMAS DO ABUSO SEXUAL OU SÍNDROME DA CRIANÇA MALTRATADA

25/05/2019
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Estudos realizados apontam em grandes evidências de que o abuso sexual praticado em crianças e adolescentes provocam dores e traumas irreversíveis. Esses traumas desencadeiam uma profunda violação dos limites físicos e psicológicos, gerando consequências gravemente negativas para a vítima ao longo de seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, comportamental e social, e principalmente para os seus relacionamentos interpessoais futuros. Percebe-se que com a vivência do abuso, o indivíduo perde a espontaneidade e naturalidade de sua sexualidade e em muitos casos até o sentido da vida.
Uma criança, vítima de abuso sexual, mesmo que não apresente sintomas externos ou que esses sejam de pouca relevância pode manifestar um sofrimento emocional muito intenso o que é ainda mais prejudicial. São várias as consequências que afeta a criança e o adolescente, deixando marcas profundas. Essas vítimas podem apresentar problemas mais leves como a dificuldade de aprendizagem, como também sérias consequências psíquicas e emocionais.
O abuso sexual é um trauma severo, inserido no termo “Síndrome da Criança Maltratada”.
Essa síndrome esclarece a dimensão doentia da família que não estabelece proteção suficiente para o filho, permite a presença do abusador dentro da própria casa, ameaças explicitas ou veladas e o estabelecimento de segredos sobre os abusos. Relações familiares com tal nível de doenças trazem consequências desastrosas no desenvolvimento da personalidade da criança e do adolescente.
As evidencias manifestas como consequências de curto prazo são:
Físicas: pesadelos e problemas com o sono, mudanças de hábito alimentares, perda do controle de esfíncteres (problemas para evacuar);
Comportamentais: Consumo de drogas e álcool, fugas, condutas suicidas ou de autoflagelo, hiperatividade, diminuição do rendimento escolar;
Emocionais: medo generalizado, agressividade, culpa e vergonha, isolamento, ansiedade, depressão, baixa autoestima, rejeição ao próprio corpo (sente-se sujo);
Sexuais: conhecimento sexual precoce e impróprio para a sua idade, masturbação compulsiva, exibicionismo, problemas de identidade sexual;
Sociais: problemas para se relacionar com as pessoas.
Existem consequências derivada desse tipo de violência que permanecem, ou inclusive podem piorar com o tempo, até chegar a configurar patologias definidas. Elas são consequências que apresentação sua manifestação em longo prazo:
Físicas: dores crônicas gerais, hipocondria ou transtornos psicossomáticos, alterações do sono e pesadelos constantes, problemas gastrointestinais, desordem alimentar;
Comportamentais: tentativa de suicídio, consumo de drogas e álcool, transtorno de identidade.
Emocionais: depressão, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade para expressar sentimentos. Sexuais: fobias sexuais, disfunções sexuais, falta de satisfação ou incapacidade para o orgasmo, alterações da motivação sexual, maior probabilidade de sofre estupros e de entrar para a prostituição, dificuldade de estabelecer relações sexuais.
Sociais: problemas de relação interpessoal, isolamento, dificuldades de vínculo afetivo com os filhos.

Se você tem conhecimento ou desconfia que alguma criança ou adolescente esta sofrendo abusos sexuais, mas não quer avisar o conselho tutelar ou a polícia do seu município, denuncie pelo telefone nos números 100 ou 181 que as medidas cabíveis serão tomadas e uma investigação será realizada.
Não seja complacente com práticas como essas, abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes é crime , denuncie, precisamos de você para combater essa prática.


Fontes para Pesquisa:
http://www.site.ajes.edu.br/direito/arquivos/20131030201243.pdf

Camila Lemes Alves
Psicóloga Clínica e Organizacional
Hipnose Clínica
CRP 08/12747
(44) 999706876