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                                           O padre José Carlos Parra Pires atuou na Catedral do Divino Espírito Santo em Umuarama, na década de 1980. Mas foi em Alto Piquiri, em uma curta passagem, que ele deixou um legado que pode levá-lo a ser declarado santo pelo Vaticano.
                                           Em um grupo formado por fieis que reverenciam o legado de Pires, há um comunicado de que a abertura do processo de canonização do religioso acontecerá no próximo dia 9 de fevereiro. Os integrantes são convocados para um momento especial de oração.
                                           O sacerdote morreu em 1990, em um trágico acidente na rodovia PR-681, que liga a cidade de Alto Piquiri aos distritos de Paulistânia e Mirante. Estava indo para celebrar uma missa. Em 2017, por iniciativa popular, a estrada passou a levar o nome do sacerdote.
                                           Conforme fieis que acompanharam Pires, ele era um místico plenamente dedicado à sua missão sacerdotal. Além da disponibilidade total em tudo o que dizia respeito ao seu ministério, rezava muito e jejuava com frequência.
                                           Pouco tempo de estadia em Alto Piquiri bastou para que o povo o admirasse e o lembrasse como um santo. As imagens que os fieis carregam durante as orações inclusive lembram muito as dos santos da igreja católica. Elas trazem uma foto do padre, com as datas de nascimento e óbito.
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PROCESSO
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                                           O primeiro requisito para um religioso ou leigo virar santo católico é o clamor popular em torno de sua existência. Um candidato a santo tem de ter alguma vinculação com a condição de ser venerado por alguma característica ou comportamento, religioso ou social, que o torne diferente entre fiéis e atraia devoção.
                                           A partir daí, o processo de consolidação da imagem pública religiosa, que termina com a aprovação papal, depende formalmente de três condições básicas a serem consideradas pelo Vaticano: martirização, comprovação de milagres ou, ainda, decreto do papa.
Pode-se ainda ser santo também por ter sido um mártir em função da fé, quando igualmente são dispensados milagres.
                                           Por fim, um santo pode passar a existir formalmente para os fiéis católicos pela comprovação de milagres. Com um caso comprovado, torna-se beato. Para a canonização e posterior declaração de santidade, porém, é preciso a comprovação de um segundo milagre, como aconteceu, na Bahia, com Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres. (O Bem Dito).