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                O soldador Rogério da Costa Fonseca, de 38 anos, estava desaparecido desde o dia 14 de dezembro de 2019 e foi encontrado morto no dia 9 de janeiro deste ano, na Cidade Industrial de Curitiba. Ele foi assassinado comum tiro na cabeça. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a motivação do crime seria um desentendimento com um traficante, que foi preso nesta segunda-feira (10).

                No dia do crime, Rogério havia saído de uma festa de confraternização, no bairro Umbará, em Curitiba, e foi até o bairro Tatuquara, por volta das 19 horas, para adquirir entorpecentes.

                “Fazia o uso de cocaína e foi até uma biqueira. Queria fazer o uso da substância no local, então o dono da biqueira discutiu com Rogério, dizendo que não poderia fazer o uso da cocaína ali, para não chamar a atenção dos policiais. A vítima disse que faria o uso naquele local e ninguém iria o impedir”, descreveu o delegado Thiago Nóbrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

                Ao não seguir as regras, Rogério foi espancado pelo traficante e mais dois suspeitos. “Além de espancar, o arrastou para dentro do terreno e efetuou um disparo com um revólver calibre .38 na cabeça de Rogério. Com a ajuda dos outros dois, o colocou dentro de um carro e desovou o corpo no rio”, explicou Nóbrega.

                “É um modo de impor respeito. Aqueles que desobedecem ao dono da biqueira, que não pagam as dívidas, acabam nesse fim trágico, que é a execução”, acrescentou o delegado.

                Por meio de relatos de testemunhas e da quebra do sigilo telefônico dos suspeitos e da vítima, a PCPR conseguiu prender o mandante do crime. A prisão aconteceu em cumprimento a mandados de prisão e busca e apreensão, no município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

                “O suspeito e os demais envolvidos, quando ouvidos na Delegacia, apresentaram declarações desconexas, sequer combinaram a mesma versão. Mostraram que estavam mentindo. Além disso, intimidaram as demais testemunhas para que mentissem”, contou.

                Ainda segundo o delegado, o local em que Rogério foi assassinado é um ponto de tráfico de drogas, controlado por uma família. “É uma família que mora nesse local e controla o tráfico ali na rua. Ontem, cumprimos quatro mandados de busca e apreensão, além da prisão do suspeito. Recolhemos diversos aparelhos eletrônicos, que vão nos ajudar nas investigações”, finalizou Nóbrega. (Banda B).