
Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista
A praça da cidade estava movimentada, como sempre acontecia às sextas-feiras. Os feirantes gritavam suas promoções, crianças corriam entre as barracas, e os músicos de rua enchiam o ambiente de melodia. No meio da confusão alegre, estava Jonas, um jovem de coração simples e esperança brilhante nos olhos.
Jonas tinha experimentado algo extraordinário. No último domingo, ele e alguns amigos haviam ido ao bairro mais complicado da cidade para falar de fé, ajudar moradores e orar pelos aflitos. Para sua surpresa, testemunharam coisas inacreditáveis: um homem agressivo se acalmara repentinamente, uma mulher que se dizia atormentada sentira paz pela primeira vez em anos. Jonas não podia conter sua alegria! Sentia-se poderoso, como se tivesse sido revestido por algo maior.
Ele corria pela praça, contando a todos sobre os milagres que havia presenciado. “Vocês não imaginam! Algo incrível aconteceu! Eu pude ver a força da fé em ação!” Seus amigos vibravam ao seu redor, cada um com sua própria história sobre aquela tarde inesquecível. O sentimento de triunfo era palpável.
Foi então que seu avô, um senhor sábio e discreto, segurou seu braço com leveza. “Jonas, vejo sua alegria, e isso me encanta,” disse com um sorriso. “Mas me diga… por que você está feliz?” O jovem ficou confuso com a pergunta. “Ora, vô! Porque Deus nos deu poder! Porque pudemos fazer coisas que pareciam impossíveis!”
O velho homem assentiu devagar e apontou para um grupo de crianças brincando ao longe. “Veja aquelas crianças ali. Elas correm, caem, levantam-se, e continuam felizes, mesmo sem saber de grandes feitos. A verdadeira alegria delas vem do simples fato de estarem vivas.”
Jonas franziu o cenho, tentando entender onde o avô queria chegar. “Meu rapaz,” continuou ele, “não se alegre apenas porque pode fazer coisas extraordinárias. Alegra-te porque já és amado, porque seu nome já está escrito no céu.”
O jovem respirou fundo. Era verdade. Embora os milagres fossem incríveis, sua maior alegria deveria vir do simples fato de pertencer a Deus, de viver sob Sua graça. A praça, os risos das crianças, o cheiro de pão fresco no ar — tudo isso fazia parte da verdadeira celebração da vida.
Naquele dia, Jonas aprendeu que há alegrias passageiras, que vêm dos grandes feitos, e há alegrias eternas, que vêm de um coração que sabe onde habita sua esperança.
Se você ainda não consegue sentir essa alegria que é totalmente diferente da alegria do mundo, que precisa de uma porção de aditivos, venha procurar senti-la, é gratuita, é maravilhosa, e está disponível em todas as Igrejas de nossa cidade. Shalom.