sexta-feira, 6 de junho de 2025
MORADORA DA REGIÃO

Criança que morreu em hospital de Umuarama foi vítima de metapneumovírus

10/01/2025
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Uma criança de seis anos, moradora do distrito de Eliza, em Xambrê, faleceu em outubro do ano passado no Hospital Norospar, em Umuarama, após ser diagnosticada com metapneumovírus humano (hMPV). O caso, inicialmente tratado como pneumonia, revelou a presença do vírus apenas após resultados laboratoriais.


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Maiara Garcia Botari, mãe do menino, relata que os sintomas começaram de forma súbita. “Ele acordou com febre alta e, quando percebi que era grave, levei direto ao posto de saúde. De lá, encaminharam para Umuarama”, disse.


Segundo Maiara, o filho chegou ao hospital com dores nas costas e dificuldade para respirar. “Assim que chegamos, colocaram oxigênio. Ele precisou ser entubado e, às 15h20, teve uma parada cardiorrespiratória”, detalhou.


O menino, descrito como saudável pela mãe, já havia contraído Covid-19 em duas ocasiões anteriores, mas sem complicações graves. “A última vez que ele teve Covid foi há um ano e oito meses antes de falecer”, afirmou.


Maiara, que tem outros três filhos, revelou que os dois irmãos menores também apresentaram sintomas leves após a perda. “Me disseram para ficar de olho. Minha filha mais nova teve uma manchinha no pulmão, mas tratamos e ela melhorou”, explicou.


Ainda muito abalada pela perda do filho, Maiara afirma estar apreensiva. “Fiquei muito preocupada. Parece que ainda não caiu a ficha. A gente continua vivendo pelos outros”, desabafou.


SURTO GLOBAL GERA ALERTA - O metapneumovírus humano ganhou destaque após relatos de um surto na China, que enfrenta pressão sobre seu sistema de saúde devido a múltiplos agentes infecciosos. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) não tenha declarado epidemia, especialistas alertam para os riscos de mutações e uma potencial pandemia.


CASOS NO PARANÁ - A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais de mil casos de hMPV no Paraná em 2024, incluindo o óbito em Umuarama. “O hMPV é um vírus respiratório comum, geralmente leve, mas que pode evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, informou em nota enviada a OBemdito.


Sem vacina específica para o hMPV, medidas preventivas são essenciais. O vírus é transmitido por gotículas respiratórias, o que torna locais fechados potenciais focos de disseminação. Especialistas recomendam o uso de máscaras, higiene constante e o afastamento de aglomerações. (Obemdito).