Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista
Tenho muitos filhos e filhas, e por consequência tenho muitos netos e netas, e no meio deles existem alguns que não comem determinados alimentos por afirmarem que não gostam, mas uma pergunta normalmente acaba com suas afirmações: “já provaram para dizer que não gostam?”
Existem alimentos que não gostamos devido sua consistência, aparência e pelo cheiro no preparo, mas que quando são preparados no modo correto, com temperos adequados tornam-se muito apetitosos. Tudo então é uma questão de saber preparar o alimento. Não existe alimento bom ou ruim, mas existe alimento mal preparado, apesar de muito capricho de que dedicou tempo para prepará-los.
Exemplos em minha família não faltam, por exemplo tenho uma neta que ama comer aquele pimentão que é vendido com o nome de pimenta americana, e um neto que não come carne de frango porque ele os considera sujos porque vivem deitados sobre palha na granja aonde são criados. Outra neta ama tomar iogurte mas não gosta de leite, porque disseram a ela que o leite é um alimento sujo pois vem de dentro da vaca. E com eles não adianta argumentar, nem tampouco explicar. Acreditam que estão absolutamente certos.
E quando eu olho para a Bíblia vejo no livro de Atos uma passagem onde o apóstolo Pedro está na varanda superior de uma casa, e de repente desce do céu um lençol cheio de todo tipo de alimento, está no capítulo 10, versículos 11 e 12: “ Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à terra, preso pelas quatro pontas, contendo toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da terra e aves do céu”.
E o apóstolo cioso de sua religiosidade na hora respondeu: “Mas Pedro respondeu: "De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo! ", ao que Deus lhe disse: “A voz lhe falou segunda vez: "Não chame impuro ao que Deus purificou".
Muitas vezes em nossa avida agimos dessa maneira não só com alimentos, mas com muitas outras coisas, poderíamos citar por exemplo com pessoas que não conhecemos, ou que estão sujas em suas roupas de trabalho, ou ainda porque se vestem de maneira simples, ou até por seu falar simplório, sem a sofisticação que achamos que se deve usar.
Em todos os momentos e em todas as ocasiões, Deus no mostra que o que Ele purificou não devemos nós torná-los impuros. Muitas vezes dizemos palavras ofensivas às pessoas por que aos nosso olhos são indignas, e não estão em nosso nível de intelectualidade. E geralmente erramos no julgamento, da mesma maneira que aceitamos pessoas que acreditamos estarem socialmente e intelectualmente dentro de nosso “padrão”, e são o que Jesus chamou sepulcros caiados em Mateus capítulo 23, versículo 27: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície”. Não nos esqueçamos que os fariseus e os mestres da lei eram os que sabiam ler e escrever naquela época, eram os eruditos, e Jesus os chama de sepulcros caiados, ou seja de pessoas que não ser levados em consideração, pois apesar de serem conhecedores da Lei, eram pessoas desprezíveis.
Estamos nos aproximando do Natal, analisemos nossas ações, e nosso comportamento perante o mundo, e se necessário mudemos, busquemos nos tornar como Cristo nos ensina em suas palavras. Pense nisso neste ano e busque mudar suas ações para ser verdadeiro cristão. Shalom.