Francisca Marcela da Silva Ribeiro, morta durante uma troca de tiros entre um policial e dois suspeitos de assalto, foi velada com o vestido de noiva que usaria em seu casamento. A cerimônia estava marcada para o dia 26 de outubro, mas a tragédia mudou os planos da família. O velório ocorreu na noite da última terça-feira (8).
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Francisca Marcela, técnica farmacêutica, estava noiva de Wilker da Silva. Na noite do crime, o casal estava em um posto de combustíveis para calibrar o pneu da moto quando foi surpreendido por dois homens armados que anunciaram o assalto. Um policial militar, que estava de folga, presenciou a ação e disparou contra os suspeitos. Ambos foram atingidos, mas Francisca também foi baleada e não resistiu aos ferimentos.
O velório foi realizado na casa de familiares, no povoado de Lagoinha, zona rural de Sigefredo Pacheco, no Piauí. Francisca vestia o vestido de noiva que havia comprado para o casamento. Na manhã da quarta-feira (9), a farmacêutica foi sepultada em sua cidade natal.
O sonho de ser mãe novamente foi interrompido. Além do noivo, Francisca deixou dois filhos, de 16 e 11 anos. De acordo com a RECORD TV, o casal estava junto havia sete anos e planejava ter um filho no início do próximo ano.
“Ela não merecia isso, era a melhor pessoa que eu já conheci. Eu não sei o que pensar, só sei que o policial arrancou a minha vida”, desabafou Wilker, devastado com a perda.
O caso está sob investigação, e tanto o noivo quanto o policial já prestaram depoimento. Imagens das câmeras de segurança do posto de combustíveis serão analisadas para elucidar o que ocorreu durante a ação.
Em entrevista ao programa Balanço Geral, Wilker da Silva deu mais detalhes sobre o incidente, afirmando que o policial atirou na direção do casal. Segundo ele, o assaltante já havia anunciado o roubo, e Wilker tentava acalmar a situação.
“O rapaz estava com a arma apontada para mim, e eu disse: ‘calma, pode levar a moto, só não faz nada com a gente’. Ele tentou arrancar meu capacete, mas não conseguiu, então pegou meu celular e montou na moto. Nesse momento, o policial atirou duas vezes na direção dele. Depois, virou-se para nós e começou a disparar na nossa direção. Eu levantei as mãos e gritei: ‘minha esposa, minha esposa, para, pelo amor de Deus’”, relatou Wilker. (Com informações RIC).