quinta-feira, 25 de abril de 2024
FALAM DE MILAGRE

Túmulo que verte água em cidade do Paraná intriga moradores. Não há explicação

20/09/2019
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                         Um jazigo no cemitério municipal de Quatiguá (Norte do Paraná) se tornou alvo de muita curiosidade e polêmica. O túmulo de Vera Lúcia Barbarini, que morreu em um acidente automobilístico no dia 9 de janeiro de 2018, tem vertido água. A família ainda tem buscado explicação para o fenômeno, que foi percebido há cerca de um ano, mas que tem tido uma repercussão maior nas últimas semanas.

 

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O filho de Barbarini, Eduardo Kaíque Pitarelo, é missionário do Santuário de São Miguel Arcanjo, de Bandeirantes, explicou que, mediante autorização da Justiça, foi realizada a exumação do corpo para tentar
identificar a origem da água.
“Descartaram a possibilidade de infiltração de água de chuva e de mina. A água é exclusiva da gaveta do túmulo dela. As duas gavetas de cima e uma que está posicionada abaixo da gaveta dela estão secas. A única coisa que podemos dizer é que não sabemos o que está acontecendo”, declarou.
A exumação foi realizada no dia 9 de setembro e, segundo ele, foi acompanhada por pedreiros e mestres de obras da prefeitura e da Vigilância Sanitária, além de membros da igreja e de sua própria família.
O problema é que desde que esse fenômeno foi descoberto, mensagens têm sido compartilhadas nas redes sociais por diversas pessoas, mas a maioria é mentirosa, segundo ele. “Alguns falaram que era coisa de Deus e outras que era coisa do diabo. As pessoas se concentraram apenas no fato e se esqueceram da família, que perdeu um ente querido", lamentou. "Muitas falas das pessoas afetaram e deixaram a gente bem triste. Me decepcionei muito com o que as pessoas disseram. Falaram e ilustraram muitas coisas e não pensaram no que isso poderia provocar na família. Nós sofremos bastante com cada um dando opinião”, desabafou.
Ele citou que publicações fora feitas com informações inverídicas, sem fundamento algum. “Inclusive com fotos que não eram do túmulo dela, notas e áudios falsos. Algumas pessoas falaram que minha mãe estava em processo de beatificação. Outras falaram que o corpo foi para a Itália. Também disseram que tudo isso deu confusão com padre, com bispo e com a polícia. Tudo o que a gente fez foi com autorização da Justiça e não da forma como o povo falou”, declarou.
Ele destacou que no dia em que foi ao cemitério para a exumação, foi interpelado por uma pessoa que insistia que o corpo já teria sido retirado para uma possível beatificação. “Ela brigou comigo, mas o corpo nunca saiu dali."
Pitarelo também usou as redes sociais para um pronunciamento oficial da família. “Sobre a questão do corpo, não temos nenhuma posição quanto a isso, então tudo o que ouvirem sobre corpo incorrupto não é verdade, o que realmente está acontecendo é um fenômeno com água”, explicou ele. “Mas não afirmamos nada”, ressaltando que nem a família, tampouco a igreja foram responsáveis pelas informações que circulam nas redes sociais.
Pitarelo afirmou ainda que recebeu orientação da Mitra Diocesana de Jacarezinho, que abrange Quatiguá para não opinar sobre o que acha que pode ser a água que verte do túmulo. “O que posso dizer é que não sabemos o que está acontecendo”, resumiu.
A dona de casa Vera Lúcia Barbarini era coordenadora paroquial do movimento Renovação Carismática Católica da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Natural de Siqueira Campos (Norte Pioneiro), ela tinha 39 anos quando sofreu o acidente. Ela era casada com Reinaldo Pitareli e deixou três filhos: Eduardo, Pedro José e João Miguel. (Folha de Londrina).