Encontrei uma fábula muito interessante que quero repartir com todos. Era uma vez uma linda borboleta de asas douradas. Ela achava que a coisa mais bela e melhor do mundo era voar. Quando ainda era uma feia lagarta, arrastando-se pelo chão, às vezes, levantava a cabeça para observar a brisa que flutuava leve e livre, fazendo balançar as flores do jardim onde vivia. “Ai”, suspirava, “como eu gostaria de ser assim tão leve e poder voar”! Por isso, quando saiu do casulo e experimentou suas novas asas, saiu voando feliz em direção ao céu. Certa manhã, quando voava bem no alto, olhou para baixo e viu alguma coisa que parecia um fofo cobertor azul. Curiosa, veio planando, descendo preguiçosamente até pousar sobre umas pequeninas flores bem azuis: - Miosótis, você não se cansa de ficar sempre no mesmo lugar? Não gostaria de voar com eu, conhecer o mundo e ver as coisas novas? Oh, não, borboleta, respondeu o miosótis, quero ficar sempre aqui! - Mas por que, miosótis? Porque a coisa que eu mais gosto no mundo é ver o lindo céu azul! Ah, como eu gostaria de ser parecida com o céu! A borboleta olhou para céu, olhou para o miosótis, e disse admirada: miosótis, mas você é azul da mesma cor do céu! E dizendo isso saiu voando. A manhã passou ligeira e quando o sol estava bem alto a borboleta olhou para baixo e viu algo que parecia um imenso lençol amarelo. Desceu bem depressa e pousou no meio de um campo cheio de flores muito grandes e amarelas com um miolo redondão de cor marrom. E foi logo perguntando: - Girassol, você não se cansa de ficar sempre no mesmo lugar? Não gostaria de voar como eu, e conhecer o mundo e ver coisas novas? Oh, não borboleta, respondeu o girassol, quero ficar sempre aqui! - Mas, por que girassol? Porque a coisa de que eu mais gosto no mundo é ver o sol grande brilhante e amarelo. Ah, como eu gostaria de ser parecido com o sol! A borboleta olhou para o sol, olhou para o girassol, e exclamou: girassol, mas você é grande, brilhante e amarelo como o sol. Puxa, você parece um sol aqui na terra! Dizendo isso, a borboleta, saiu voando, voando em direção a um jardim cheio de flores que balançavam com a brisa. E lá, em volta de uma fonte, encontrou muitas flores de pétalas bem brancas e brilhantes com um pequeno miolo amarelo: - Margarida, você não se cansa de ficar sempre no mesmo lugar? Não gostaria de voar como eu, conhecer o mundo e ver coisas novas? Oh, não, borboleta, respondeu a margarida, quero ficar sempre aqui! - Mas, por que margarida? Porque a coisa de que eu mais gosto no mundo é olhar para o céu quando o sol se põe, a noite desce e surgem as primeiras estrelas. Como são lindas! Ah, como eu gostaria de ser parecida com elas! Balançando as asas, a borboleta saiu voando. O sol já estava se pondo e ela pousou num galho de árvore para passar a noite. Estava cansada. O dia fora cheio de aventuras. Aos poucos escureceu e as primeiras estrelas surgiram no céu. Então, a borboleta lembrou-se da margarida: o miolo amarelo rodeado de pétalas brancas e brilhantes que pareciam raios... Ora, ora, não é que a margarida parece mesmo uma estrela? Amanhã vou procurá-la para dizer-lhe isso! Acomodando-se para dormir, a borboleta, lembrou-se de miosótis, que queria ser parecida com o céu azul. Depois pensou no girassol que queria ser parecido com o sol. A borboleta estava quase dormindo, quando pensou: ”que interessante, todas elas se parecem com aquilo de que mais gostam! E eu? Será que sou parecida com a brisa leve e livre, voando por aí? Hum... é o que mais quero!” E nós seremos parecidos com Cristo? Pois afinal dizemos que somos cristãos, será que nossas ações representam essa aparência? Afinal o mundo busca sempre alguém parecido com alguém, e nós temos a grande chance de podermos ser parecidos com Aquele que morreu e ressuscitou para que tivéssemos vida. Pense em sua vida e se você é parecido com Cristo. Shalom.
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SÉRGIO LOPES
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