sexta-feira, 26 de abril de 2024
ARQUITETURA EM FOCO

Como cuidar de orquídeas: tudo o que você precisa saber

20/07/2019
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Paixão nacional, as orquídeas podem ser ainda mais bonitas e saudáveis se cultivadas corretamente. “Cada tipo de orquídea tem uma necessidade. Por isso, saber os nomes científicos e pesquisar sobre suas peculiaridades é muito importante”, indica o biólogo Sérgio Oyama, do blog Orquídeas no Apê. Esse é o primeiro passo para fazer as flores durarem mais. Isso porque, segundo o especialista, a planta vai emitindo novos brotos que vão se propagando à medida que os mais velhos morrem.
E isso acontece em épocas diferentes em espécies distintas. Ou seja, não é possível mantê-las floridas durante o ano inteiro. “De modo geral, as orquídeas florescem uma vez ao ano, em sua estação típica [da espécie]”, Sérgio explica. A dica é sempre lembrar que o período de floração consome bastante da planta e pode chegar até a enfraquecê-la. “Portanto, o ideal é alternar floração com crescimento, de acordo com o ritmo natural da flor”.
E um bom aliado nessa e em várias outras fases de desenvolvimento delas é o fertilizante. "Quando as plantas são jovens, podemos usar fórmulas mais ricas em nitrogênio, que estimulam o crescimento. Fórmulas equilibradas são melhores para a manutenção das [plantas] adultas. E, por fim, existem fórmulas mais ricas em fósforo, que estimulam o período de floração das orquídeas”, Sérgio esclarece. A adubação também pode ajudar, já que é uma opção complementar ao cultivo. Com tantas opções no mercado, como adubos orgânicos, granulados, em pó, líquidos e até com liberação controlada, neste caso o legal seria optar por produtos próprios para as orquídeas.
Saber como regar as orquídeastambém é muito importante. Nesse momento, é legal levar em consideração o teste do dedinho. Basta colocar o dedo uns 2 cm abaixo da superfície do vaso ou suporte e olhar como ele sai: se limpo, precisa de mais água; se sujo de terra, tem água demais; se sentir seu dedo seco, apenas com alguma sujeirinha de terra, a rega está certa. E nesse caso, descobrir o vaso certo para a sua orquídea também conta. “Os de plástico retêm mais umidade e têm a vantagem de serem mais leves e baratos. Os de cerâmica permitem um melhor arejamento do substrato, além de secarem mais rápido. Existem também algumas opções de barro específicas para orquídeas, que geralmente são mais largos e com furos nas laterais”, o biólogo exemplifica. Mas essa escolha depende do ambiente em que a planta vai ficar.
Ou seja, ter noção do clima, rega, iluminação e ventilação fazem toda a diferença para sua flor vingar. “De maneira geral, as orquídeas preferem o sol da manhã”, Sérgio explica. Apesar de depender muito da espécie, a maioria delas prefere luminosidade indireta no restante do dia, que pode ser filtrada por telas de sombreamento, pérgolas ou outras plantas. “Também é necessário que o local tenha uma boa ventilação, sem vento em excesso e uma umidade relativa do ar é essencial”, ele diz. Se a espécie que você tem em casa é terrestre e você sabe como plantar orquídeas em árvores, pode ser uma boa opção, já que a natureza faz boa parte do trabalho nesse caso.
E fica a dica: um ambiente com essas condições que acabamos de falar, que são consideradas ideais para deixar as orquídeas sempre bonitas, também é perfeito para evitar o aparecimento de pragas. “As chances são menores de infestações nos orquidários se as plantas forem mantidas com um bom espaçamento entre elas. As recém-adquiridas devem ficar em quarentena”.

 



Além de toda a manutenção, é essencial ficar de olho nas indicações de replantio, que podem ser as raízes prejudicadas ou a falta de espaço. “Depois de alguns anos, o substrato começa a se decompor, tornando-se mais ácido e prejudicando as raízes. Nesse caso é preciso trocá-lo por um material novo. A outra situação é quando a planta começa a sair do vaso, quando a touceira torna-se grande demais e pede por mais espaço”, o especialista diz. E atenção: além de saber como replantar orquídea, passo a passo, é importante suspender o uso de adubo até que a planta esteja enraizada no novo vaso.
E se mesmo colocando todas essas dicas em prática, minhas flores morrerem? Calma, pode (e provavelmente vai) acontecer. Pense que esse não é o ambiente natural desse tipo de planta e que, às vezes, elas realmente não resistem. “Trazê-las para o ambiente doméstico, geralmente mais seco, com falta ou excesso de ventilação, com diferentes poluentes no ar, gera um estresse e exige adaptação. Infelizmente, nem sempre conseguimos reproduzir as necessidades de uma orquídea em nossos cultivos, o que leva à perdas - que são naturais e servem como aprendizado”, Sérgio finaliza.

Fonte: https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Paisagismo/noticia