Goionews - Todo mundo lê!

Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Esta semana passando em frente a uma loja daqui de nossa cidade, vi as mais lindas flores, seu colorido enche a calçada de alegria, mas essas lindas flores têm um traço em comum são todas falsas. São feitas de plástico, seda ou outros materiais.
Algumas possuem um leve perfume que foi borrifado em suas pétalas, outras cheiram a plástico, e não vi voando entre elas nenhuma abelha ou outro inseto que busca o néctar. Bem diferente das verdadeiras plantas, que temos em casa ou que são vendidas em floriculturas, elas enchem o ar de seu perfume, os insetos as buscam para extrair o néctar que lhes dá a vida. Assim somos nós também, podemos ser falsos ou verdadeiros.
Infelizmente podemos usar de falsidade em nosso relacionamento com as pessoas, e esse procedimento na verdade só nos traz desilusão, pois em pouco tempo as pessoas reconhecem que não somos sinceros em nossos relacionamentos. Ou podemos proceder corretamente e verdadeiros que teremos sempre o reconhecimento e a amizade de todos.
E esse aspecto lembrou-me do texto bíblico que está em na Segunda Carta de Timóteo capítulo 4, versículos 1 a 5 que nos ensina: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, corrija, repreenda, exorte, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”.
Vamos começar vendo o aspecto do falso. Ele caracteriza-se tentar ser igual ao verdadeiro, o que descrevi acima a respeito das flores. Procura se assemelhar o mais que pode ao verdadeiro, busca inclusive ter as mesmas cores do original.
O pecado também busca ter esta mesma semelhança. O apóstolo Paulo falando em outra oportunidade, para os Efésios, escreve no capítulo 4, versículo 14: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. Ele nos ensina que deixemos de ser como crianças, que podem ser instáveis e se deixam levar por qualquer cor, ou movimento do momento. O que isto quer dizer não nos deixemos levar pelas bonitas cores que nos são apresentadas e busquemos o verdadeiro. Atualmente no mundo e em nossa volta temos diversas, como por exemplo as flores, que se parecem com a verdadeira, até chegam a ser mais bonitas que as de verdade, mas que no final não passam de grotescas tentativas de serem naturais, falta-lhes a essência principal, o perfume e a leveza característica da verdade. Infelizmente em nossas vidas e caminhadas encontramos muitas pessoas que assim procedem e por seus falsos encantos atrapalham a jornada de quem quer seguir o caminho da verdade.
Vejamos agora o verdadeiro, tem perfume próprio, brilha por si mesmo, não precisa de escoras, ou de qualquer outro atributo, simplesmente tem luz. É aqui que nos defrontamos com a palavra do apóstolo Paulo, sua primeira referência neste é texto é muito forte: ”conjuro-te” uma palavra solene, um desafio final. Continuando a próxima é “insta” precisamos estar sempre em estado de prontidão para demonstrar a verdade em qualquer lugar ou momento, sem nada temermos, sem precisarmos recorrer a outros subterfúgios, ou esconderijos, mas simplesmente mostrarmos com nossas vidas a verdade do Evangelho.
E Paulo nos exorta, aqui o exortar é no sentido de consolar, encorajar, com palavras de ordem, como se todos nós já tivéssemos concluído nosso serviço militar. Depois a palavra é “corrige” e apela para a razão, mostra a diferença entre viver e fantasia, ou as cores da mentira, como na carta ao Efésios que falamos acima.
“Repreende” apela para a consciência, ou seja, fala para que a pessoa possa tomar posse de sua vida e se sinta motivado a mudá-la de curso, mudar o rumo, mostra a verdadeira situação em que se encontra.
E terminando a palavra “exorta” apela para a vontade, ou seja, leve a pessoa a sentir prazer em estar na verdade, não se sentir amarrada, ou presa a dogmas do não, mas verdade de Cristo. Pois muitos se recusarão a ouvir a mensagem de salvação preferindo viver na fábula, com medo da confrontação de suas vidas em Cristo. E ensina que sejamos sóbrios, que estejamos alertas, pois sóbrio aqui significa lucidez moral, vigilância, que contrasta com o adormecimento comum em quem está fora do normal, daquele que está embriagado, insensível. Se assim o fizermos estaremos cumprindo com o nosso propósito de levarmos a verdade da vida para o mundo. Shalom.