
Muitas vezes nos questionamos sobre nosso papel na sociedade em que vivemos.
Até que ponto podemos fazer algo efetivo para mudar uma situação? Será que um esforço individual pode representar uma diferença significativa na estrutura atual?
Permita-me compartilhar a seguinte história relatada por Cecília Eller Nascimento.
O paquistanês Mohammed Ayub era o mais velho de oito irmãos. Quando o pai estava para morrer, pediu a ele que nunca deixasse faltar educação para os irmãos. Em 1976, ele saiu, com os sete irmãos menores, da cidade natal, Mandi Bahaunddin, e se mudou para Islamabad, a capital do país. Ali começou a cumprir a promessa feita ao pai e foi muito além.
Certa vez, viu um menino de 12 anos trabalhando de garçom em um restaurante e pensou: “Ele não é diferente de meu irmão mais novo”. Convidou-o então a aprender. Ayub não tem formação pedagógica, mas há 30 anos leciona para crianças e jovens carentes em uma praça. Já foram milhares os que aprenderam a ler, e tiveram noções de matemática e inglês com ele.
Ayub convida as crianças e jovens para suas aulas, e todos se assentam no chão, diante de um quadro-negro improvisado, para aprender. Em um país no qual o direito a educação ainda está longe de ser assegurado a todos, milhares aprenderam a ler com este notável cidadão, que pretende continuar as aulas ao ar livre até seu último suspiro.
Ele é um só, mas decidiu dedicar a vida a fazer o que está ao seu alcance para democratizar a educação em sua terra.
E você, o que irá fazer a partir de hoje para ajudar alguém?
Sei que eu e você podemos contribuir muito para construir um mundo melhor!