
Foram identificados oficialmente pelo Instituto Médico Legal os corpos de Adilson Gonçalves de Godoi, 45 anos, e Keila Rodrigues Moreira, 30, que estavam desaparecidos desde a última sexta-feira (28). Na tarde desta segunda-feira (1º), a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontrou os dois corpos enterrados em meio a uma plantação de eucaliptos do bairro Caximba, em Curitiba.
Segundo a delegada Iara Dechiche, da DHPP, a Polícia Civil chegou até os corpos a partir de denúncias de moradores do bairro Tatuquara. “O homem foi decapitado e a mulher também teve cortes na cabeça e aparentam serem vítimas de pauladas ou de uma machadinha”, explicou.
Os corpos estavam a uma distância aproximada de 100 metros um do outro. Eles estavam em covas feitas no local. Adilson apresentava marcas de tortura e estava decapitado. Keila tinha uma garrafa de champanhe em cima do corpo.
Segundo familiares, marido e mulher foram levados de dentro de casa, no bairro Tatuquara, em Curitiba, junto com o carro da família, um Citroën C3. O filho mais velho do casal, de apenas 7 anos, estava em casa e relatou os momentos de tensão aos familiares e à polícia. A caçula de onze meses foi recolhida pelo Conselho Tutelar.
Keila trabalhava em uma rede de supermercados na região do bairro Batel e o marido estava atualmente desempregado, mas atuava há anos como marceneiro. O carro do casal foi encontrado a cerca de quatro quadras da casa, com sangue e bastante danificado.
A Polícia Militar (PM) afirmou à Banda B que Adilson tinha vários boletins de ocorrência envolvendo o nome dele, como violência doméstica, lesão corporal, abandono de incapaz e ameaça, totalizando oito documentos. Também há cerca de um ano, a Polícia Civil investiga a participação dele em um suposto crime de estupro. Katia não tinha passagens pela polícia.
A DHPP investiga o que pode ter motivado o duplo homicídio. A hipótese de vingança é a principal linha de investigação. (Banda B).