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                                 Um bebê morreu após o pai da criança fazer o parto de emergência dentro da ambulância, em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a família, não havia médicos no hospital da cidade e nem na ambulância que levava o a mãe grávida para um outro hospital, em Curitiba.
                                O caso aconteceu no domingo (17) e a criança foi enterrada na segunda-feira (18).
                                Segundo a família, a mãe da criança estava grávida de oito meses e meio e começou a ter um sangramento na noite de domingo. O casal se dirigiu até o Hospital de Itaperuçu, mas lá foi orientado por uma enfermeira a seguir para Curitiba.
                                "Ela sabia que eu estava com bastante dor, porque eu tinha falado. Ela não mediu a minha pressão, ela não ouviu coração, ela não fez nada. Ela colocou luva na mão para fazer toque, não fez, por causa do sangramento", disse a mãe, Greicyelle.
                                De acordo com o pai do bebê, eles foram levados para Curitiba por uma ambulância sem acompanhamento de médicos ou enfermeiros.
                                "A gente saiu aqui de Itaperuçu. Só foram eu, minha esposa e o motorista na ambulância. A partir da hora que ela saiu da Rodovia dos Minérios, eu acredito que a gente não andou nem cinco minutos, e o bebê nasceu. Nasceu nas minhas mãos", afirmou Pedro, o pai da criança.
Segundo a família, o bebê estava morto quando a ambulância chegou ao hospital em Curitiba.
                                O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) informou que algum profissional de saúde teria que ter acompanhado o casal dentro da ambulância.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuçu, um processo de investigação foi aberto para verificar o caso.
                                "Deve-se ser investigado se o atendimento foi feito em caráter de emergência, se foi acionado o SAMU e se foi porque não veio, porque foi acionada a ambulância branca do município que apenas presta suporte ao SAMU em caso de emergência e porque não foi ninguém do hospital acompanhando a mãe", informa a secretaria.
                                O órgão também informou que serão tomadas as "devidas providências" caso seja confirmada "negligência por parte dos envolvidos". (Fonte: G1)