
O Ministério Público da Comarca de Goioerê através do Promotor de Justiça Guilherme Franchi da Silva Santos, denunciou quatro pessoas pelo homicídio do casal Kawany Grejanim Cleve Machado e Rubens Aparecido Bigueti Junior e também pela ocultação dos cadáveres. O crime aconteceu no dia 3 de agosto, em Goioerê.
Foram denunciados Suziane Ferreira dos Santos, 23 anos; Alessandro Bennatti de Souza Junior, 24 anos, vulgo Mohamed; Mauro José Cavalcanti Junior Sobrinho, 57 anos, vulgo Ceará; e Tatiana A.S., 34 anos.
Suziane está presa preventivamente na Cadeia Pública de Goioerê, Mohamed e Ceará seguem presos na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (PECO), já Tatiana se encontra em liberdade.
Segundo a denúncia, entre os dias 3 e 4 de agosto de 2020, os acusados e outros indivíduos ainda não identificados, com consciência e inequívoca vontade de matar, com motivação torpe e empregando recursos que dificultaram a defesa das vítimas, e mataram Kawany e Rubens através de modo ainda desconhecido.
O Casal desapareceu no dia 03 de agosto do ano passado. O desaparecimento veio à tona quando o bebê, filho do casal na época com 4 meses de vida, foi encontrado abandonado na calçada de um em frente a uma residência. As investigações apontaram que Tatiana, amiga de Suziane, ficou incumbida em cuidar da criança durante a execução do casal e posteriormente, abandou o bebê na calçada em frente à casa de sua vizinha na Av. Norte do Paraná, Jardim Curitiba, em Goioerê.
No dia seguinte, o carro do casal, um Honda Civic, foi encontrado totalmente incendiado em uma estrada rural no município de Moreira Sales. Equipes policiais, Corpo de Bombeiros e familiares realizaram buscas por toda a região, mas os corpos não foram encontrados.
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MOTIVO TORPE
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O Promotor de Justiça entendeu que o crime teve motivação torpe, pois os acusados presumiam que as vítimas, haviam delatado o tráfico de drogas que ocorria na casa de Suziane, vizinha de frente do casal. O ponto de tráfico de drogas era na casa da Suziane que tinha como comparsas, além do marido, Mohamed e Ceará, o que foi evidenciado através de dados obtidos do celular de Suziane. Dos diálogos contidos no celular da Suziane, também extraiu que os outros denunciados também suspeitavam que haviam sido delatados por Kawany e Rubens, e tramaram e executaram suas mortes.
Suziane era vizinha e já teve relação de amizade com Kawany. Ela apontada com mandate do crime. A promotoria também entendeu que Suziane nutria um sentimento de inveja e rivalidade com Kawany, com quem já teve um relacionamento de amizade. “Evidenciou-se que os denunciados valeram-se de recursos que dificultaram a defesa das vítimas, dado que as abordaram em superioridade numérica e enquanto dedicavam cuidados ao filho com poucos meses de vida, reduzindo a possibilidade de reação à agressão ou mesmo o acionamento da polícia”, destacou a promotoria.
Após a execução do casal, o grupo ocultou os corpos que ainda não foram localizados. Na denúncia o promotor requer ao magistrado que os denunciados sejam julgados nos ritos dos procedimentos do Tribunal do Júri e que os denunciados aguardem o julgamento presos.
O promotor de justiça também requer ao Juiz de Direito que determine a continuação de diligências por parte da Polícia Civil quanto a perícia de aparelhos celulares apreendidos com o objetivo de esclarecer o modo da execução bem como a localização dos corpos.
As investigações continuam, pois há ainda outros suspeitos, embora não denunciados até o momento. (O texto é do Umuarama News).