sexta-feira, 19 de abril de 2024
VEJA COMO ATIVAR SENHA

Mais de 12 mil caem no golpe do WhatsApp por dia e são chamados de ‘idiotas’; será mesmo?

27/01/2021
  • A+ Aumentar Fonte
  • A- Diminuir Fonte

                                O telefone toca e uma pessoa, educadíssima, pede para você responder rapidamente uma pesquisa sobre Covid-19. Faz cinco perguntas coerentes sobre o assunto e diz, ao final, que precisa validar a pesquisa com um número que acabou de lhe enviar por WhatsApp ou SMS. Sem desconfiar, você entrega este número e pronto: o seu Whats desaparece do aparelho. Você acaba de cair no golpe da clonagem do WhatsApp e agora vai ter dor de cabeça.
                               O exemplo acima é apenas uma das formas de abordagem dos golpistas, que também se utilizam de anúncios de carro, casa e outras forma para chegar até a vítima. E se você está pensando: mas quem ainda cai nessa? Saiba que um levantamento feito pelo dfndr lab, laboratório de segurança da PSafe, revelou que aproximadamente 12 mil brasileiros são afetados por dia pelo golpe de clonagem do WhatsApp. A média foi registrada após os especialistas mapearem 337,3 mil casos durante agosto de 2020.
                               Uma dessas vítimas falou com a reportagem, sob a condição de anonimato (‘Cansei de ser chamada de idiota’), aceitou contar o que passou.
                               Não é bem assim. A conversa é envolvente e cada vez mais os golpistas usam formas novas de abordagem. Essa pessoa avisou a todos que seu Whats havia sido clonado usando outras redes sociais. Mas para um de seus parentes já era tarde demais. Os bandidos são muito rápidos e o parente fez um depósito de R$ 6 mil na conta deles.
                               A vítima conta que, na própria família, tanto ela quanto o parente que depositou, foram chamados de idiotas.
E não acontece nada com eles?
Mas e a polícia, o que faz? E os bancos não podem rastrear estas contas que recebem os depósitos? Se usam contas falsas, não há o que fazer então? A reportagem vai seguir neste assunto ouvindo a polícia, que já foi procurada, além dos bancos, para que respondam a essas e outras perguntas.
Como funciona o golpe
Para clonar algum usuário, os hackers devem ativar um novo perfil para a vítima em outro celular. É como se a vítima tivesse comprado outro aparelho, por exemplo, e quisesse instalar o aplicativo nele. Nesse momento, o WhatsApp pede um código de confirmação que é enviado para o smartphone pessoal da vítima.
Usando então de uma desculpa, os golpistas conseguem este código da vítima. Quando a conta é clonada, eles passam a fazer de conta que são a vítima e começam a conversar com as pessoas que parecem íntimas, para ter mais chance de sucesso de que o depósito seja feito.
Outra forma utilizada pelos criminosos para conseguir o código é oferecer serviços gratuitos para a vítima. Os golpistas criam perfis fakes nas redes sociais se passando por estabelecimentos comerciais como lojas, hotéis e restaurantes, convidando para participar de uma suposta promoção ou alegando que ela teria sido contemplado em um sorteio.
Segundo a PSafe, o golpe também pode ser perigoso para empresas, já que muitos funcionários se comunicam pelo WhatsApp e trocam informações sobre negócios dentro do app.
Como se proteger
A principal dica para se proteger da clonagem do WhatsApp é ficar sempre atento para ofertas muito tentadoras, além de evitar o compartilhamento de informações como o código PIN do WhatsApp. Manter a autenticação em duas etapas ativada também garante uma dose de segurança extra durante o uso do app.

Faça assim para configurar seu WhatsApp em duas etapas (Fonte: Canaltech):

Passo 1: Abra o WhatsApp e acesse o menu do aplicativo simbolizado pelos três pontinhos no canto superior direito da tela.
Passo 2: Na aba aberta, clique em “Configurações”.
Passo 3: Agora, acesse a opção “Conta”.
Passo 4: Clique em “Verificação em duas etapas”.
Passo 5: Na nova tela, clique em “Ativar” para iniciar a configuração do recurso.
Passo 6: Neste momento, você deverá criar uma senha de seis dígitos (PIN) e confirmar o código escolhido. Depois, também será possível registrar um endereço de e-mail para recuperar o código caso seja necessário.
Passo 7: Depois da personalização, toque em “Concluído” para finalizar a configuração do recurso.