
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão, mãe, tia ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contato oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a uma criança; incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos; utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.
Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controlá-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não existe lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
Se uma criança ou adolescente, relatar que sofre abusos, de forma alguma se deve duvidar, temos que sempre acolher a criança e o adolescente de forma que ele se sinta seguro e sinta-se segura para contar o que esta ocorrendo.
O tratamento adequado pode reduzir o risco de a criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto às orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.
Na próxima semana iremos abordar algumas medidas preventivas.
Se você tem conhecimento ou desconfia que alguma criança ou adolescente esta sofrendo abusos sexuais, mas não quer avisar o conselho tutelar ou a polícia do seu município, denuncie pelo telefone nos números 100 ou 181 que as medidas cabíveis serão tomadas e uma investigação será realizada.
Não seja complacente com práticas como essas, abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes é crime , denuncie, precisamos de você para combater essa prática.
Fontes para Pesquisa:
http://www.acolhida.org.br/18-de-maio-dia-nacional-de-combate-a-exploracao-sexual-de-criancas/
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2010/10/assedio-sexual-pesquisa-identifica-danos-psicologico-mais-comuns-em-meninos-3068083.html
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S141320871300006X
Camila Lemes Alves
Psicóloga Clínica e Organizacional
Hipnose Clínica
CRP 08/12747
(44) 999706876