quinta-feira, 18 de abril de 2024
EVANGELHO DE DOMINGO

SE JESUS ANDA CONOSCO NÃO SENTIREMOS FOME ESPIRITUAL NEM MATERIAL

10/08/2020
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Pax Domini sit semper vobiscum!

O grande milagre da multiplicação dos pães no santo evangelho deste domingo nos mostra que a presença de Jesus muda a realidade e nos faz entender o valor da solidariedade. Já temos um pré-anúncio do grande efeito da Eucaristia dentro da comunidade cristã. Percebemos também uma grande lição referente à divina providência. Quando confiamos na presença de Deus jamais nos faltará o pão material e espiritual. Deus nos cuida sempre não nos deixa faltar nada.

OREMOS: Manifestai ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.

EVANGELHO (Mt 14,13-21):
Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!

Jesus nesta passagem do evangelho nos apresenta uma grande sensibilidade. Percebe que as pessoas sofrem de fome, precisam de alimento. O seu amor é infinito e inefável por ser ele o Filho de Deus. Ele vê a multidão e sente compaixão. Percebe a necessidade de curar os doentes. Especialmente aqueles que não sabem qual é o sentido de suas vidas. A principal cura que Jesus realiza é sempre no sentido existencial. Coloca a pessoa dentro de sua verdadeira realidade. Ele é o caminho, a verdade a vida. Longe dele não poderemos ser felizes. Iremos cair sempre num relativismo individualista.
Deus percebe nossa fragilidade. Precisamos de um alimento para nos manter firmes em nosso ideal. No milagre da multiplicação dos pães, Jesus inicia o que será a Santíssima Eucaristia no futuro. Ela perdura porque Jesus está presente. Não podemos ser felizes sem o alimento salutar. Somos fracos sem a sua presença permanente em nosso meio.
Percebemos neste milagre uma forma hierárquica de agir da parte de Jesus que faz que seus discípulos participem ativamente como distribuidores dos pães para a multidão. Dentro do projeto de Deus sempre há mediações. São homens frágeis que são escolhidos para a missão sublime de saciar a fome dos famintos do pão da Palavra e do pão Eucarístico. Quando os discípulos se tornarem Apóstolos terão que dar testemunho de todos estes fatos. Eles terão que assumir a realidade do amor de Deus passada por Jesus na pregação da Boa Nova.
Jesus exige um comprometimento progressivo na vivência comunitária para os seus seguidores. A salvação nunca acontece de uma forma individual. Sempre passa pela comunidade. A eucaristia é vida de extensão de Jesus dentro da realidade na concretização do amor solidário.
Quando aprendemos a partilhar estamos saciando a nossa fome e a dos nossos irmãos. O cristianismo sempre será um desafio para nossa tendência de pensarmos que somos artífices de nossa realização como pessoa independentes do Criador. O nosso batismo é um comprometimento cada vez maior com a realidade de um Deus presente que quer que sejamos abertos a seu amor universal.
Há um grande confronto na linguagem das relações comerciais, presente no mundo atual e das relações cristãs. O amor desinteressado que o cristão deve viver entra em choque com o individualismo comercial. O cristão é sempre chamado a partilhar sua vida com os demais. Ele deve se sentir um instrumento de transformação da realidade.
Somos desafiados a dar este pão material e espiritual a todos que morrem de fome dentro de uma tecnologia que avança, mas que infelizmente ainda não dá condições de crescimento integral ao ser humano.

Senhor Jesus que a sua presença mude nosso jeito de ser e pensar.

Rio Grande, 27 de julho de 2020.

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