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                                As dificuldades enfrentadas pela ATA – Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis de Goioerê, que realiza o trabalho de coleta e separação do lixo reciclável do município, foram escancaradas pelo coordenador da entidade, o rotariano Elizeu Lemes da Silva, durante a sessão da Câmara Municipal de Goioerê da última segunda-feira, 3.

                                Eliseu salientou que as dificuldades da ATA começaram em 2017, quando a ATA ficou nove meses sem receber repasses do município. Hoje os recursos repassados são utilizados apenas na manutenção, como combustível e outros materiais, não podendo ser utilizados no pagamento dos coletores que trabalham no local, inviabilizando o negócio, e a ATA pode encerrar suas atividades em duas semanas.
                                No mês de junho, exemplificou Eliseu, a ATA reciclou 97 toneladas de papel, plástico, vidro e outros materiais. Outras 27 toneladas foram encaminhadas para o aterro municipal. Se não existisse o trabalho da ATA, iria tudo para o aterro.
                                As receitas auferidas no mês foram de R$ 37 mil e as despesas ultrapassaram esse valor. “Impossível sobreviver assim, a ATA pede socorro e não pode fechar” – frisou várias vezes Elizeu Lemes, dizendo que são 22 famílias trabalhando na reciclagem e outras 27 na coleta. Essas famílias receberam R$ 14, 5 mil.
                                “Precisamos do apoio dos vereadores para reverter essa situação, seja junto ao prefeito, junto aos deputados, o que não podemos é pagar R$ 20,00 por uma diária trabalhada na ATA” – frisou o coordenador da entidade, dizendo que as dificuldades começaram este ano. “A carga está muito pesada e precisamos dividir essa responsabilidade” – salientou.