terça-feira, 6 de maio de 2025
CRÔNICA

Somos um acidente?

25/05/2020
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Assistindo ao programa de televisão do Canal Discovery, chamado os Grandes Mistérios, fiquei interessado após ouvir o locutor dizer que nosso sistema solar é uma aberração, pois todos os sistemas empregados na busca de novos modos de vida no Universo, até agora resultaram em buscas infrutíferas.
Nenhum dos planetas descobertos possuem as condições mínimas para se ter vida. Pois ainda não foi descoberto nenhum sucedâneo ao nosso Sol, que tenha a força e o calor necessário para criar vida. Os planetas descobertos ficam em órbita de estrelas anãs, que geram calor, mas não luz, como também seu calor não contém todas as cores necessárias para efetivar a vida.
O programa mostrou alguns planetas que até podem conter, mas o calor que recebem da estrela anã, é em ondas infravermelho, então ele tem o calor, mas não tem luz, e toda a vida ali gerada teria a cor negra, o que em tese dificultaria também a formação de água.
Nessa altura do programa o locutor citando um cientista, afirma que nosso sistema solar é aberração que não encontra respaldo em nenhuma parte do Cosmo. Pois o mais potente telescópio lançado o Kepler, conseguiu chegar até a luz primordial, ou seja, a luz do primeiro momento da criação de todo universo, mas não encontrou nenhum sistema que tivesse a formação igual a nossa.
Fiquei pensando a esse respeito, e como os cientistas se debruçam na tentativa de explicar, mas nunca encontram a Luz que deu a Vida a tudo que hoje existe no Universo. Esse mesmo telescópio que fica a meio caminho entre a terra e a Lua, voltando suas lentes para outros extremos descobriu que o Universo continua a crescer, mesmo após bilhões de anos de seu início. Descobriu também planeta que devido sua grande quantidade de silício, tornou-se com aparência de vidro, e que sua chuva é pequenos flocos de vidro, um outro que por ter grande quantidade de carbono e devido às condições de sua formação tornou-se em um grande diamante não lapidado. Mas até agora não descobriu nenhum sistema composto como o nosso, onde houvesse uma estrela de quinta categoria que emitisse luz, calor e radiação em quantidade que pudesse gerar vida. Citaram o filósofo grego Demóclito que viveu entre os anos 300 a.C, e que previu que muitas civilizações haveriam de ser descobertas vivendo em planetas iguais ao nosso. E que mesmo com toda a tecnologia disponível não se encontrou nada.
Ao terminar o programa peguei minha Bíblia e logo no início constatei a mais pura e singela verdade: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Deus não usou nenhuma condição especial para criar os céus e a terra, simplesmente sua Palavra. Os cientistas, que fique claro não sou contra eles, mas buscam fora da realidade de Deus como tudo se iniciou, uns dizem que foi uma pequena bola do tamanho de uma de tênis (sic) que por sua força integrada explodiu e começou a gerar todas as coisas conhecidas, daí o programa mostrar a luz primordial que falei acima, mas será que essa luz não é a Palavra Divina iniciando a criação? Leiamos mais uma vez o versículo, Deus criou os céus e a terra, ou seja, em primeiro lugar criou a terra, e para que? Para que pudesse colocar aqui sua obra máxima da criação, o homem.
E o versículo 2 de Gênesis, diz: “Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Após o primeiro momento passaram-se diversos milênios em que a terra ainda sem forma e vazia, pudesse através do Espírito Santo tornar-se habitável, então vieram os primeiros animais, pequenos e formadores de condições para a vida. E tudo foi sendo feito com critério e moderação, e o principal no tempo de Deus, sem que houvesse aflição ou pressa.
Ao mesmo tempo que a terra ia se tornando habitável, o universo ia também se formando, veio a luz, depois a separação entre as águas da terra com as águas do universo, depois a separação da terra, e assim por diante. Tudo no seu tempo, até atingir o clímax da criação, o homem, para que a tudo dominasse e governasse, e o mais importante o adorasse como Senhor e Deus. Mas não nos fez fantoches, para que ficássemos respondendo e falando sem pensar, nos deu inteligência e discernimento para que pudéssemos pensar, analisar e fazer. Daí que Jesus é claro quando diz que o primeiro maior mandamento é: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento”. Jesus indica que precisamos amar a Deus com todo o nosso entendimento, ou seja, com toda nossa inteligência. Amor com inteligência é amor verdadeiro, sincero e proveitoso. Daí que voltando ao tema, é necessário amar a Deus com inteligência para saber discernir sua Palavra entre os conhecimentos apresentados hoje a todos nós. Eu não tiro a razão da ciência, mas em tudo uso o senso crítico que me foi dado por Deus, e julgo se me é útil ou não. Adorar a Deus e juntar a ciência nos dá esse senso. Shalom.