
Na atual situação de pandemia da COVID-19, provocada pelo vírus SARSCoV-2, é comum ter sentimentos e emoções negativas, como medo, tristeza, raiva e solidão, além de ansiedade e estresse. O excesso de notícias sobre a pandemia, a mudança de rotina, o distanciamento físico, e as consequências econômicas, sociais e políticas relativas a esse novo cenário podem aumentar ou prolongar esse desconforto emocional. Dar conta desses desafios atuais pode não ser uma tarefa fácil para todos. Podemos sentir que estamos sobrecarregados, especialmente quando pensamos ou sentimos que:
• não conseguimos fazer as coisas do nosso jeito;
• não temos capacidade para lidar com os desafios;
• não contamos com o apoio necessário de pessoas que são, para nós, importantes.
Frente ao estresse e à ansiedade, podemos apresentar respostas involuntárias/ automáticas e respostas voluntárias. Se apresentarmos mais respostas involuntárias, quer dizer que estamos apenas reagindo à situação, tendo pouco controle sobre nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos frente ao estresse. Dessa forma, podemos ter mais dificuldade para lidar com os acontecimentos. A situação apresentada a seguir é um exemplo: ter pensamentos repetitivos, que invadem a nossa mente de forma automática atrapalhando nas nossas atividades cotidianas, como conseguir dormir ou prestar atenção em algum assunto.
Nas respostas voluntárias, temos maior controle sobre nós mesmos frente às situações estressantes e que causam ansiedade. Esse tipo de enfrentamento do estresse permite que possamos reagir de forma a superar as dificuldades com mais facilidade. Um exemplo que ilustra essa situação é o seguinte: fazer chamadas de vídeo para pessoas importantes, que consigam acolher os seus sentimentos. Esse comportamento pode promover a sensação de proximidade, mesmo que as pessoas estejam fisicamente afastadas. As relações com os outros são muito importantes, pois desde pequenos aprendemos a enfrentar situações desafiadoras e estressantes com o apoio das pessoas que estão à nossa volta. Por isso, cuide das suas relações, pois ter apoio e ajuda dos outros é particularmente importante nas situações de crise.
Pensando em quem é mais vulnerável – as crianças, idosos e quem já tem problemas de saúde - é comum ficarem mais ansiosos, zangados, agitados, retraídos ou muito desconfiados • Ajude-os a expressar como estão se sentindo – falando, desenhando, cantando, contando histórias, brincando – e ouça sem criticar.
• Forneça instruções claras, de forma bem simples e objetiva.
• É importante que mantenham uma rotina com horários de dormir, acordar e fazer as refeições, lembrando-os de beber água.
• As crianças devem ficar junto às suas famílias, e sempre que for possível e seguro, de preferência com os pais. Se não der, tente usar os recursos de chamadas de vídeo várias vezes por dia.
Tenha (muita) paciência– evite gritar ou ser ríspido – essa situação é difícil para todos!
• Os pais e cuidadores (de crianças, idosos ou de pessoas com deficiência), profissionais de saúde e todos que têm papel vital e precisam se expor, ficam especialmente sobrecarregados. Demonstrar empatia e solidariedade ajuda muito!
Fonte:
https://blog.scielo.org/blog/2020/04/06/cartilha-para-enfrentamento-do-estresse-em-tempos-de-pandemia-uma-contribuicao-da-psicologia/#.XrS7IJ5KjIU
Camila Lemes Alves
Psicóloga Clínica e Organizacional
Hipnose Clínica
CRP 08/12747
(44) 999706876