
Seis pessoas foram açoitadas em público na terça-feira (21/4) em Aceh (Indonésia) por infringirem as leis islâmicas na conservadora região. Mesmo a quarentena não impediu a tradicional punição, que é duramente condenada por entidades de defesa dos direitos humanos.
Autoridades afirmaram ter tomado distâncias seguras para o cumprimento da punição e garantiram que a pandemia mundial de coronavírus não os impedirá de "fazer justiça".
"Para se adequar às condições atuais, estamos tentando cortar procedimentos, como o habitual discurso de abertura", disse à AFP uma autoridade identificada apenas Safriadi, responsável pela aplicação da sharia (conjunto de leis islâmicas) em Aceh. "Estamos realizando as punições diretamente, para deixá-las mais simples", concluiu.
A maior parte dos punidos não estava usando máscara protetora contra o coronavírus. Imagens mostram que os participantes da punição estiveram a uma distância não recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Poucas pessoas foram assistir ao cumprimento da pena, em um prédio localizado num parque público. Quatro homens receberam 40 chibatadas cada por beberem bebida alcoólica. Além disso, um homem e uma mulher não casados também foram punidos com dezenas de golpes após serem flagrados em um quarto de hotel.