sábado, 20 de abril de 2024
CRÔNICA

O significado da Ressurreição

22/04/2019
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Desde o princípio da chamada era cristã, a ressurreição é o ponto central de toda pregação e de toda mensagem que foi levada por todo mundo. Cristo ressuscitou, ele venceu a morte, venceu as trevas esse é o maior significado do Cristianismo. O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 15 versículos 13 e 14: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.
Não se trata de nenhum apêndice do Evangelho e sim, de seu ponto culminante. Não há dúvida de que para nós, a Cruz é sempre central, pois se nós criaturas errantes e pecadoras como somos, perdermos de vista a Cruz por um único momento que seja, estaremos totalmente derrotados. Mas os homens podem contemplar a Cruz, e ainda deixar de alcançar o Evangelho que salva, se não levarem na devida conta a Ressurreição de Jesus. Sem esta, não há Redenção nem Reconciliação. O grande símbolo do Cristianismo não a figura morta na cruz, e sim o Cristo Ressurreto, pisando sob os pés uma cruz despedaçada. Ele rompeu com os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse Ele retido por ela, como o Evangelista Lucas escreve em Atos capítulo 2, versículo 24:” Mas Deus o ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse”. O evangelho que os primeiros cristãos anunciavam não era: sigam este mestre e façam o melhor possível; e sim Jesus é a Ressurreição. Também conforme a carta de Atos capítulo 17 versículo 18: “E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição”. Jesus não podia ficar retido pela morte, como os demais homens o são, porque o pecado que Ele levou não era dele. Os homens que na terra são grandes e poderosos, na morte ficam todos equiparados e por ela são retidos. A convicção que se apoderou dos primeiros Efésios, capítulo 4, versículo 8: “Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra”? E serve não só como base histórica como também de princípio dinâmico da Igreja. Jesus Cristo derrotou o mal e a morte e está para sempre vivo a “destra de Deus”.
Nisso a Igreja Cristã, todas as denominações, está firmada, que Cristo foi realmente vitorioso na luta infinda que o homem trava contra Satanás e as forças das trevas, e que ele não poderia ficar retido, preso pelo sepulcro.
Ademais “se fomos unidos com Ele na semelhança de sua morte certamente o seremos também na semelhança de sua ressurreição” carta aos Romanos capítulo 6, versículo 5. O Cristo vivo é o companheiro invisível de todos os cristãos. Essa intimidade de comunhão com Cristo e a experiência da fé em todos os tempos estando Ele vivo, para todo o que com humildade procura fazer a Sua vontade, a oportunidade da comunhão direta com o próprio Cristo e do reforço maravilhoso à personalidade que essa comunhão traz.
Finalmente a ressurreição de Jesus Cristo significa a derrota da morte, que foi tragada pela vitória. Se um já desfez o mito da invencibilidade da morte, há vitória para todos. “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé à destra de Deus”! Atos capítulo 7, versículo 56. É isso que Paulo fala a Timóteo em sua Primeira Carta a Timóteo, capítulo 2, versículo 8: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”. Esse é desejo do apóstolo Paulo, que levemos a mensagem de salvação e vida através do Cristo Ressuscitado, pois é vitória maravilhosa, majestosa. Daí que comemoremos a Ressurreição e não simplesmente a Páscoa, e que o verdadeiro símbolo seja ensinado, a Borboleta, e ao entrar no casulo é um inseto que todos temem, mas ao renascer é uma linda borboleta cheia de cores e graça, que assim seja nossa vida também. Shalom.