
A mãe e irmã de uma mulher que morreu no domingo (19) por complicações da Covid-19 estão internadas em Londrina, no norte do Paraná, com a doença. A filha da vítima, que é neta e sobrinha das duas pacientes internadas, reforçou a necessidade da população de manter os cuidados para evitar o contágio.
“Uma tragédia abateu minha família e levou minha mãe. Para algumas pessoas que acham que é gripezinha, invenção, exagero, não é. Perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida”, Amanda Lima.
Amanda é filha de Regina Lima, que tinha 56 anos e era servidora da Universidade Estadual de Londrina havia mais de 25 anos. Ela foi a sétima morte confirmada pela doença no município. No total, 91 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em Londrina, conforme boletim divulgado pela prefeitura no domingo (19).
“Foram 17 dias de internação, de UTI, de entubação, de expectativa, e infelizmente ela não suportou tudo isto. Ela não tinha nenhuma comorbidade, não era diabética, não tinha hipertensão, só estava acima do peso. Não tinha doença respiratória. O quadro foi evoluindo até que ela não aguentou”, lamentou a filha da vítima.
Mas, o drama da família não para por aí. A avó materna e uma tia de Amanda também estão internadas com a doença. A avó está em estado grave.
“Nós não sabemos aonde as pessoas da minha casa tiveram contato e foram infectadas. Não viajamos. A minha mãe era uma pessoa muito caseira. A minha mãe era assim: dedicada, companheira aqui de casa. Ela não teve muitos contatos fora”, explicou Amanda Lima.
Antes de ser internada, Regina postou várias mensagens defendendo o isolamento e os cuidados. Em uma delas, alertava para o risco de que algumas pessoas iriam sobreviver, mas que a doença seria transmitida para outras pessoas que não iriam se recuperar.
O corpo de Regina Lima foi cremado em uma cerimônia com poucos familiares e sem direito a velório.
“Peço que se cuidem, cuidem da mãe de vocês, das pessoas que vocês amam, do próximo. Ouçam as dicas dos profissionais da mídia, para gente poder se cuidar o máximo que puder e afastar esta doença da nossa vida. Não quero que ninguém passe por estar dor de perder uma mãe, e ainda mais sozinha, isolada, sem ter parentes para dar abraço e se despedir da pessoa que você ama”, concluiu. (G1 Paraná).