sábado, 4 de maio de 2024
ACUSAÇÃO IMPROCEDENTE

Vereador e ex-prefeito de Janiópolis são inocentados em ação do MP

14/12/2019
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                          O juiz substituto da comarca de Campo Mourão, Cesar Ferrari, julgou improcedente a ação ingressada pelo Ministério Público contra o vereador de Janiópolis, José Cláudio do Prado, popular “Pé de Boi” (foto) e o ex-prefeito Jair Detófol. 

Os dois eram acusados de desvio de materiais de construção comprados pela prefeitura para reforma da casa do vereador. A denúncia do MP alegava que o desvio do material teria sido facilitado por meio de manobras no processo licitatório. A empresa que forneceu os materiais também era ré e foi inocentada.
Segundo o vereador, que exerce o 5º mandato consecutivo, tudo começou em 2012, quando adversários políticos dele e do então prefeito gravaram uma conversa no posto de combustíveis da cidade onde ele teria dito, por brincadeira, que a prefeitura estaria pagando a reforma da casa.
“Admito que falei besteira para rebater uma provocação e eles gravaram e utilizaram a gravação de forma maldosa. Fui parar no banco dos réus, defendi minha inocência, em todos os meios e a verdade e justiça prevaleceram”,
disse o vereador.
Antes da denúncia ser levado ao MP, uma CPI foi aberta pela Câmara de Vereadores que pedia a cassação do mandato de “Pé de Boi”. O relatório final da comissão, porém, teve apenas dois votos favoráveis e foi rejeitado pelo Legislativo. “Como não conseguiram cassar meu mandato, levaram para o Ministério Público, que em 2017 formalizou a denúncia ao Poder Judiciário. Na audiência, realizada há cerca de 60 dias, apresentei todas as provas, as notas da reforma da minha casa, restabelecendo a verdade”, disse o vereador.
Ele diz que tudo não passou de perseguição política para tentar atrapalhar a campanha dele à reeleição em 2012. Segundo ele, a reforma da casa custou R$ 110 mil e tem toda a documentação que comprova que ele mesmo pagou os materiais utilizados.
“Quero externar meus agradecimentos às pessoas de bem que me apoiaram nessa ação judicial. Foram oito anos de difamação, humilhação, pré-julgamentos, mas nosso compromisso é com a verdade e trabalho”, completou. (Tribuna do Interior).