Goionews - Todo mundo lê!

                                     Nove famílias membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) foram despejadas de uma área ocupada em Mariluz. A desocupação pacífica aconteceu na última semana. O impasse se arrastava desde maio e o prazo dado para justiça para que os agricultores saíssem era 15 de novembro, mas na última quarta-feira (20) a desocupação foi consolidada.

CLIQUE AQUI E RECEBA NOTÍCIA DE GOIOERÊ E REGIÃO NO WATHS 

                                O assentamento Santa Rita tinha uma área de 70 alqueires e foi ocupada em 2009. De lá para cá as famílias se estabeleceram, plantaram e tinham até cadastro junto à Copel. Durante a saída, não houve registros de violência física, tampouco a necessidade da presença da Polícia Militar (PM).
                                Agora alguns dos agricultores e suas famílias estão na área urbana da cidade e trabalham por diárias, o que, de acordo com o membro do MST Francisco Jerônimo, é inseguro, já que necessitam de renda xa para pagar o aluguel das casas.
                                “A ideia é que brigando judicialmente tenhamos chances de voltar. A tristeza é que o pessoal teve que acabar com tudo, com as casas e é triste”, analisa.
                                A estrutura construída pelas famílias já foi parcialmente retirada. A capela e algumas residências são exemplo disso (veja a foto acima). Além disso as plantações de diversos cultivos também foram destruídas.
                                Em maio, na iminência do despejo, foi feito um protesto na cidade, que contou com a participação de representantes de parlamentares, religiosos e até mesmo o prefeito. À época, o prefeito Nilson Cardoso disse que não concordava com a remoção das famílias. "Nós estamos fazendo um esforço para que não haja esse despejo porque será prejudicial tanto para as famílias quanto para o município”, salientou na ocasião. (O Bem Dito).