Uma jovem morreu na madrugada deste domingo (3), por volta de 1h40, no Hospital Evangélico de Londrina após passar mal em uma boate na avenida Madre Leônia Milito. Isabella Eduarda Gabriel Guedes Bueno, de 19 anos, estava com algumas amigas no estabelecimento na noite de sexta-feira (1) e teve uma parada cardíaca. Ela foi socorrida e reanimada pela equipe do Samu, que fez o encaminhamento à unidade de saúde, onde ficou internada por mais de 24h antes de morrer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo familiares, Isabella já havia sido diagnosticada com arritmia cardíaca e passava por tratamento. Acompanhada de amigas, teria ficado no local por aproximadamente 50 minutos e ingeriu uma cerveja e um energético. A jovem trabalhava em uma farmácia da cidade e estudava curso técnico de enfermagem no Colégio Aplicação. O corpo foi sepultado na manhã desta segunda-feira (4) no Cemitério Jardim da Saudade.
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PERIGO
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É comum jovens consumirem bebidas alcoólicas com energético, uma febre atualmente. Essa mistura é tratada como alerta pelos médicos. De acordo com o cardiologista Ricardo Rodrigues, do Centro do Coração de Londrina, os energéticos possuem cafeína, substância que pode causar arritmia cardíaca. “Por outro lado, sabemos que o álcool também pode provocar alteração no ritmo do coração, já que é tóxico não apenas para o sistema nervoso central, mas também para o coração quando ingerido em altas doses”, explicou. Segundo o médico, a combinação álcool e energéticos está diretamente relacionada ao aumento da pressão cardíaca.
“A combinação destas bebidas pode provocar aceleração nos batimentos do coração e dores no peito (angina), que podem desencadear até um infarto e morte súbita. Outro problema que deve ser levantado é o fato do energético deixar a pessoa em estado de alerta reduzindo o efeito depressivo do álcool. Isso acaba expondo o consumidor ao uso exagerado das duas substâncias”
Rodrigues salienta que um dos problemas das bebidas energéticas é a redução da sensação de cansaço. “O cansaço é um sinal de alerta de que o corpo precisa de descanso. Quando se mascara essa sensação, obriga-se o corpo a trabalhar além do que ele suporta, e isso pode gerar problemas, já que o organismo precisa de um tempo para se recompor”, disse.
Outra situação que deve ser levada em conta é o fato de algumas pessoas terem problemas cardíacos assintomáticos e não saberem da existência da doença. “Uma pessoa pode conviver alguns anos com problemas no coração sem ter sintomas e isso pode ser agravado a partir da ingestão da mistura entre bebidas energéticas e alcoólicas”, destacou.
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DEPENDÊNCIA
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O cardiologista lembrou ainda que a pessoa que consome álcool pode ficar dependente da substância e que o uso do álcool é uma porta de acesso para outras drogas. “Percebemos que os jovens têm contato com o álcool cada vez mais cedo, o consumo está mais evidente também entre as mulheres. Como é uma droga lícita e que promove a interação social, facilita o contato com outros tipos de drogas”, concluiu. (Paiquerê – Com assessorias).