
O homem de 34 anos que confessou o esquartejamento de uma idosa de 78 anos e do filho dela, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), afirma estar sendo atormentado pelos fantasmas das vítimas na prisão.
A revelação foi feita durante depoimento à Polícia Civil, onde o homem detalhou a presença constante das assombrações como o principal motivo para sua confissão.
Ele foi preso em 22 de agosto e indiciado por duplo latrocínio, ocultação de cadáver e fraude processual pelas mortes de Maria Auxiliadora da Silva de Souza, de 78 anos, e o filho dela, o empresário Fábio José de Souza, de 46.
Os crimes teriam ocorrido em junho. Partes dos corpos das vítimas foram encontradas dentro de uma geladeira e uma mala, após a polícia desvendar o caso.
Em uma reportagem da Ric Record, o acusado relatou que a perseguição espiritual começou logo após os assassinatos. "Eu vou ser bem sincero com vocês sobre uma coisa que estava me atormentando. Eu pensei que iria parar de me atormentar e não parou. Desde que eu matei, eu via o Fábio e a dona Maria toda hora falando comigo", afirmou o homem.
O homem afirma que confissão do crime não pôs fim ao seu tormento. Ele esperava que a revelação fizesse com que os fantasmas o deixassem em paz, mas isso não aconteceu. "Quando eu entreguei os corpos, a Dona Maria sumiu. Ela parou de ficar ali falando. Só que o Fábio ainda não parou. Na real, ele está aqui comigo agora", declarou.
CONCLUSO: A Polícia Civil concluiu na quinta-feira (18) o inquérito policial instaurado para apurar o desaparecimento e a morte das vítimas. Conforme a delegada da PCPR Vanessa Cristina, o boletim de ocorrência foi registrado em 24 de julho de 2025. As investigações identificaram que a morte de Fábio ocorreu em 17 de junho e a de Maria Auxiliadora em 24 de junho, mais de um mês antes do registro.
No dia 12 de setembro, diligências localizaram partes dos corpos das vítimas em uma geladeira. O tronco de Maria Auxiliadora estava em uma mala, enquanto as demais partes, exceto o tronco de Fábio, foram encontradas no eletrodoméstico.
“Inicialmente, o investigado afirmou que havia lançado essa parte em um rio, mas no último interrogatório, em 16 de setembro, confessou que a havia enterrado em uma área de mata. O tronco foi localizado, permitindo a completa identificação dos corpos”, explica. (TN Online/Ric Record).