sábado, 13 de dezembro de 2025
PSICOLOGIA EM FOCO

PERDAS E O LUTO

04/11/2019
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O luto é um processo mental destinado à instalação de uma perda significativa na mente, sendo uma resposta normal frente a uma perca. A pessoa neste processo fica atordoada, revive a todo o momento a perda e esta sempre é acompanhada de um sentimento de tristeza e de choro, sendo assim, ela fica mais tranqüila e acaba por si se consolando. Ao passar do tempo o processo de lembranças acaba sendo dos momentos bons e ruins, nem sempre seguidas de tristeza e choro, mas sempre com a consolação final.
O processo de Luto é sempre lento, longo e acompanhado de graus variáveis de falta de interesse pelo mundo exterior (tristeza), que vão diminuindo conforme o tempo vai passando, sendo assim, a tristeza e o choro também diminui. No final, a pessoa perdida passa a ser apenas uma lembrança, o sentimento de tristeza desaparece e a vida afetiva retorna seu curso, voltando a ser possíveis novas ligações afetivas.
É importante ressalvar que o processo do Luto não acontece somente quando uma pessoa querida vai a óbito. Este processo ocorre sempre que existe o rompimento de um vínculo, seja ele com amigos, a perda de um trabalho, o fim de um relacionamento, enfim, tudo aquilo onde o ser humano investiu enquanto emoções e sentimentos, que de certa forma ocupava um lugar importante dentro dele.
O Luto da perda de um ente querido é mais difícil em seu primeiro ano, devido o fato das datas especiais, assim sendo, a vivência de estar sem aquela pessoa retoma os sentimentos de tristeza, porém não podemos esquecer que cada ser humano é único e cada perca remete para cada um, reações diferentes, nem todos possuem os mesmos recursos emocionais.
O evento deste primeiro ano também é conhecido como “prova de realidade”, pois aos poucos o enlutado deverá encontrar objetos de substituição para suprir a ausência e então “tocar o barco” em frente.
Algumas pessoas, entretanto em vez de realizar o processo de Luto, produz a Melancolia, sendo esta uma disposição patológica do próprio indivíduo. Este também é o que se chama de Luto patológico.
Os traços de Melancolia é um desânimo profundamente penoso, a cessação de interesse pelo mundo, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade, e uma diminuição dos sentimentos de auto-estima a ponto de se recriminar e punir-se.
O melancólico procura ferozmente outros objetos a se vincular, com uma necessidade inesgotável de preencher aquele vazio, podendo apresentar características de mania. A pessoa melancólica coloca a si própria como culpada pela perda do objeto amado.
A grande diferença entre o Luto e a Melancolia é que no Luto o mundo torna-se pobre e vazio, e na Melancolia ele mesmo torna-se interiormente pobre e vazio, podendo então tornar-se uma pessoa deprimida, desprovido de nenhum valor, incapaz de qualquer realização e moralmente desprezível.
O processo de Luto na infância será escrito em outra matéria, visto que a forma que ele passar por esse processo, será o reflexo de outros em sua vida adulta.
Infelizmente passamos por essas fases de luto muitas vezes em nossas vidas, fazendo-se necessário olharmos para nós mesmos e aceitarmos que esse processo é vivendo dia-a-dia até que então tenhamos ultrapassado todo o processo.
Devemos aprender a conviver com a dor, realmente devemos viver e ultrapassar essa fase, pois ela nos levará ao enriquecimento interior e todos e nós mesmos ganharemos com isso.
Se você percebeu que esta com dificuldades de elaborar a morte de um ente querido ou até o fim de um relacionamento, mesmo que tenha sido há anos, procure ajuda, viva melhor e com relações afetivas saudáveis, não se destrua e muito menos ao outro.
Camila Lemes Alves
Psicóloga Clínica e Organizacional
Hipnose Clínica
CRP 08/12747
(44) 999706876
Goioerê/PR