segunda-feira, 11 de agosto de 2025
ENTENDA O CASO

Portal diz que mulher que pede ajuda para filha com câncer em Goioerê é golpe

08/08/2025
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Uma mulher está solicitando dinheiro via redes sociais de Goioerê para o tratamento de um filho que estaria com um câncer raro e agressivo. História semelhante aconteceu em Umuarama e o Portal Umuarama News, que chegou a divulgar o pedido de ajuda, alertou que tal pedido é falso. Leia abaixo para entender o caso.

O Portal Umuarama News vem a público esclarecer que é falso o caso divulgado recentemente envolvendo uma mulher identificada como Thalita Pereira, que alegava precisar arrecadar R$ 54 mil para o tratamento do filho Mateus, de dois anos, supostamente diagnosticado com um câncer raro e agressivo.

A mulher procurou a redação do portal relatando um drama comovente: abandono pelo pai da criança, desemprego, corte do benefício do Bolsa Família e a necessidade urgente de adquirir um medicamento de alto custo — Brentuximabe (Adcetris), utilizado no tratamento de linfoma de Hodgkin.

A suposta mãe enviou fotos e até um vídeo da criança sendo alimentada por sonda, se apresentando como moradora do bairro Parque Dom Pedro II, em Umuarama, e pedindo doações por Pix e por meio de uma rifa solidária.

No entanto, após apuração minuciosa, a equipe de jornalismo do Umuarama News identificou que a história é um golpe. O bebê e a mãe são reais, mas não residem em Umuarama — e tampouco enfrentam o drama descrito por “Thalita”. Trata-se de um caso real ocorrido em 2021, no município de Cotia (SP), amplamente divulgado na época pelo portal Cotia e Cia, sob o título: “Bebê de Cotia com leucemia rara precisa de R$ 4 milhões para fazer tratamento nos EUA”.

O conteúdo original foi copiado indevidamente para aplicar golpes emocionais em diversas regiões do Brasil. Registros semelhantes da mesma fraude foram identificados na região de Campo Mourão (PR) e Igarapé (MG).

Quando confrontada com as informações e questionamentos sobre as inconsistências, a golpista bloqueou o contato com a redação e apagou os dados enviados anteriormente. O portal reuniu provas, prints e todo o material enviado pela suposta mãe e encaminhou os documentos à Polícia Civil, que já está ciente do caso.