
Natural de Goioerê-PR, Vinicius Gabriel Moreira, 21 anos, é um exemplo de perseverança e dedicação no mundo do futsal. Tanto que foi longe: para a Rússia. Hoje, é figura aplaudida no Torpedo, time da cidade de Nijni Novgorod, que fica a 400 quilômetros da capital Moscou.
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Aos 8 anos de idade, iniciando sua jornada em uma modesta escolinha de futsal do distrito de Jaracatiá, onde nasceu e passou a infância, Vini Gabriel, como é conhecido nas quadras, logo chamou a atenção pela sua habilidade excepcional nos jogos escolares e campeonatos amadores locais.
Gradualmente, foi conquistando oportunidades para mostrar sua destreza em níveis mais altos, o que culminou em um convite para integrar o time profissional do Umuarama Futsal, em 2021, onde atuou por dois anos. “Comecei pela base; foi uma experiência importante”, exclama Vini Gabriel.
Ele, que está passando férias por aqui, recebeu a equipe do portal OBemdito no ginásio de esportes Amaro Vieira da Costa, de Umuarama, espaço que conhece muito bem! “Perdi a conta de quantas vezes joguei nesse lugar”, comenta o ex-jogador do Umuarama Futsal, que estava acompanhado da esposa, Maria Clara Sobral.
No entanto, como todo bom atleta – ele é pivô, o jogador que atua próximo ao gol adversário, principal ponto de referência no ataque – queria mais. Logo atraiu olhares de clubes maiores, como o JEC/Krona, time de futsal de Joinville-SC, que o contratou em 2022.
“Lá, tive que me dedicar ainda mais, porque os treinos eram bem puxados, mas valeu a pena. Fui eleito ‘Melhor Pivô’ duas vezes”, informa, lembrando que o tricolor catarinense do qual fez parte é um dos times mais tradicionais do ‘salonismo’ brasileiro. “Comemorei muito, porque foi um grande salto!”.
RÚSSIA: Quem acompanha o mundo desportivo sabe de cor e salteado que os russos apreciam e respeitam o futsal brasileiro. Há muitos dos nossos jogadores exibindo o famoso ‘bom domínio’ de bola por lá.
Vini Gabril tem a honra de ser um deles. “Quando fui convidado pelos dirigentes do Torpedo fiquei muito feliz! Foi mais uma grande conquista! A família toda ficou muito orgulhosa”, lembra.
No imponente papel de finalizador de jogadas ou de goleador, não decepcionou: em 25 jogos da temporada, marcou 17 gols; um deles rendeu o troféu de ‘Melhor Gol’ na Superliga Russa, um dos mais emocionantes dos muitos que ergueu ao longo da trajetória.
No Torpedo, que tem um alce como símbolo, entrou em agosto do ano passado e fica até 2027. Se vai renovar contrato? Vini ainda não sabe.
“Tem olheiros de clubes da China, Espanha e Arábia me observando e fazendo proposta… Quem sabe eu consiga uma oportunidade melhor ainda; torço para isso acontecer!”
Ao lado de Maria Clara, que o ajuda a lembrar de fatos e datas, Vini comenta que o frio na Rússia é intenso e, em função da língua [eles não falam o idioma russo], não conseguiram “fazer amizade” na cidade. “A gente sente falta de amigos!”
Sobre os treinos, foi enfático: “Os de pré-temporada são rigorosos: a gente corre, faz trilhas, sobe montanhas! Tem que mostrar garra e determinação o tempo todo! Mas os resultados são bons e é isso que importa!”
SELEÇÃO BRASILEIRA: O menino de Goioerê que cresceu no futsal, passou por Umuarama e pelo cobiçado Joinville e conquistou status internacional, foi convocado para atuar na seleção brasileira de futsal por três vezes.
A primeira foi no ano passado, quando o ex-jogador do Umuarama Futsal teve a oportunidade de representar o Brasil na Liga Evolução. Também no ano passado foi escalado para o torneio Sul-Americano [sub-20].
Este ano, mais uma vez atuou com a camisa verde-amarela na Liga Evolução, em Assunção/Paraguai [final], onde o Brasil foi campeão e ele se sagrou artilheiro, com três gols em dois jogos.
“Representar meu país foi uma sensação inexplicável! Uma emoção muito grande, pra mim e pra toda minha família… Quando me viram jogando com a camisa do Brasil ficaram todos muito felizes!”, conta Vini.
“Essa chance que conquistei foi a prova de que com trabalho e dedicação a gente consegue chegar aonde quer… Eu cheguei no mais alto nível, que é a seleção brasileira! Todo atleta tem desejo de alcançar esse nível! Fiquei muito orgulhoso de mim mesmo!” (Obemdito).