terça-feira, 1 de julho de 2025
ISSO NÃO É BOM

20% do que os goioerenses comem são alimentos ultraprocessados

30/06/2025
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A presença cada vez maior de alimentos ultraprocessados na mesa dos brasileiros tem acendido um alerta de saúde pública — e os municípios da região de Goioerê não estão fora dessa realidade. Estudo baseado na classificação Nova, criada pelo Nupens/USP, revela que uma parcela significativa da ingestão calórica diária da população local vem desses produtos altamente industrializados e de baixo valor nutricional. O estudo foi feito em todos os municípios brasileiros.


Em Goioerê, o consumo de ultraprocessados chega a 20,6% das calorias diárias, patamar que acompanha uma tendência regional. Em Campo Mourão o índice é ainda maior, 21,9%. Juranda registra 19,6%, Campina da Lagoa aparece com 19,8%, e Quarto Centenário, com 18,7%. Outros municípios vizinhos, como Ubiratã (20,1%) e Altamira do Paraná (18%), também figuram entre os que têm participação elevada de ultraprocessados na dieta.


Os alimentos ultraprocessados incluem refrigerantes, salgadinhos, doces, biscoitos recheados, pães embalados, sorvetes, macarrão instantâneo, entre outros itens que, embora práticos e saborosos, estão associados a pelo menos 32 problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer, conforme apontam diversas pesquisas científicas.


A classificação Nova, referência mundial em estudos de alimentação, categoriza os alimentos em quatro grupos: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e ultraprocessados. O último grupo se destaca negativamente por reunir formulações industriais com alto teor de açúcares, gorduras, sódio e aditivos artificiais, e quase nenhum valor nutricional relevante.


Especialistas recomendam atenção ao rótulo dos alimentos e incentivo à volta da comida feita em casa, com ingredientes frescos e minimamente processados, como carnes, frutas, legumes, grãos e leite. O alerta é claro: quanto menor a presença de ultraprocessados na alimentação, maiores as chances de se manter uma vida saudável e prevenir doenças crônicas. (Ubiratã Notícias – Foto: Tua Saúde).