
O paranaense Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, natural de Santo Antônio do Sudoeste (PR), está desaparecido desde o dia 15 de junho enquanto atuava como voluntário nas Forças Armadas da Ucrânia.
A informação foi confirmada oficialmente pela Direção-Geral da Corporação Militar das Forças Armadas ucranianas e comunicada à Embaixada do Brasil em Kiev, que por sua vez notificou a família nesta quinta-feira (26). Extraoficialmente a família diz ter ouvido relato de combatentes que estavam ao lado de Wagner nas fileiras de que ele está morto.
Segundo relatos de familiares, Vargas partiu para a Ucrânia no dia 3 de março de 2025 e completaria 30 anos no próximo mês de julho. Conforme amigos próximos, ele sempre demonstrou interesse por assuntos militares, mas não possuía experiência prévia em combates. A decisão de se alistar, segundo relatos, foi repentina.
EM COMBATE: De acordo com o documento oficial enviado pelo governo ucraniano, Wagner está desaparecido em combate desde o dia 15 de junho. Após dez dias desaparecido, os protocolos militares do país consideram a possibilidade de óbito. Familiares conseguiram confirmar a morte por meio de contatos mantidos com colegas de batalhão na Ucrânia e mensagens trocadas via redes sociais.
O primo do brasileiro entrou em contato com soldados e amigos que atuavam junto a Vargas e recebeu a confirmação extraoficial de que ele foi morto em ação. Segundo informações obtidas, Wagner teria sido vítima de ataque por drone — prática recorrente no atual estágio do conflito, marcado por uso massivo de tecnologia e ataques aéreos.
DIFICULDADES E BUROCRACIA: A família enfrenta dificuldades para conseguir informações detalhadas, inclusive junto ao consulado brasileiro, que relatou limitações de acesso às autoridades ucranianas. O governo da Ucrânia fornece informações apenas ao contato oficial indicado por Vargas — no caso, a mãe, residente em Ampére.
A mãe, Maria de Lurdes, foi notificada e está buscando apoio para trazer os restos mortais do filho ao Brasil. O processo de repatriação envolve uma série de trâmites burocráticos e custos elevados. Por se tratar de um voluntário estrangeiro, a legislação ucraniana prevê pagamento de subsídio financeiro às famílias de militares desaparecidos, capturados ou mortos em combate. Contudo, a efetivação dessa ajuda depende de intermediação diplomática e documentação específica.
APOIO E COMOÇÃO - Amigos e familiares relatam que Vargas vinha mantendo contato esporádico desde que chegou à Ucrânia. Nas redes sociais, postava registros ao lado de companheiros e em zonas de treinamento. A última atualização ocorreu pouco antes de seu desaparecimento, quando comentava sobre as dificuldades no campo de batalha. A família, agora busca ajuda de autoridades brasileiras e apoio popular para viabilizar o translado. (Catve).