domingo, 11 de maio de 2025
CRÔNICA

Renascimento Invisível

09/05/2025
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista


A manhã nascia como todas as outras. O sol se insinuava por entre as frestas da janela, mas nada disso fazia diferença para ele. Era só mais um dia. Mais uma repetição do tempo, onde tudo parecia imóvel, sem vida, sem propósito.
João caminhava pela rua, os fones de ouvido abafando o mundo ao redor. A música, antes vibrante, agora era apenas um som sem significado. Todos os dias eram iguais, como se estivesse preso em um ciclo interminável de indiferença. O olhar vazio refletia a inquietação de uma alma sem rumo, sem cor, sem destino.
Mas algo estava prestes a mudar.
O encontro aconteceu de maneira simples, quase insignificante. Um amigo, alguém que João não via há muito tempo, surgiu em meio à multidão. Um sorriso sincero, um cumprimento caloroso e, depois, palavras inesperadas:
— Como você está?
Era uma pergunta banal, comum. Mas naquele momento, soou como um chamado.
João hesitou. Por um instante, considerou sua resposta. Afinal, ele sabia como estava—vazio, perdido, sem sentido. Mas algo naquele olhar o impediu de mentir.
— Tenho vivido... mas não sei se estou realmente vivo.
O amigo sorriu e abriu a Bíblia que carregava. As palavras fluíram como um bálsamo, como se estivessem esperando por João desde sempre:
"E vos vivificou, estando vós mortos em vossos delitos e pecados." (Efésios 2:1)
Era isso. Ele estava morto, e nem sabia. Sua existência não passava de um eco, uma sombra daquilo que deveria ser. Mas aquelas palavras—tão antigas, tão simples—falavam de um renascimento, de uma vida além da monotonia, além da indiferença.
João fechou os olhos. Pensou nas manhãs sem propósito, nos dias sem cor, na vida sem destino. Ele havia estado morto, sem perceber. Mas agora, uma pequena chama se acendia dentro dele.
Ele sentiu algo diferente. Algo novo.
A rua continuava barulhenta, as pessoas ainda passavam apressadas, e o sol continuava brilhando do mesmo jeito. Mas, dessa vez, João viu tudo com outros olhos.
A vida que ele achava que possuía era apenas uma ilusão. Agora, a verdadeira existência começava.
O renascimento invisível se tornava real.
Muitas vezes nos achamos como João, vivendo uma vida sem sentido, onde tudo é sem cor e sem vibração, mas podemos mudar essa situação, preste atenção nesta pequena estória, João mudou o rumo de sua vida, agora as cores voltaram, sua vida foi transformada e isso é o que damos o nome de conversão. 
Conversão é sair de uma vida sem sentido e voltar-se para Cristo, onde há luz e alegria, mesmo em meio às vezes as quedas. Pense nisso nesta semana. Shalom.