
Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista
O texto de João capítulo 6, versículo 35 apresenta uma das declarações mais profundas de Jesus: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede." Esta passagem carrega um significado espiritual poderoso, refletindo sobre a busca humana por satisfação e propósito. Era fim de tarde quando Gustavo fechou a padaria. O cheiro de pão fresco ainda impregnava o ambiente, enquanto ele observava a última fornada esfriando sobre a bancada. Ele sempre gostou da arte de fazer pão. A alquimia da farinha, da água e do fermento formando algo que nutria, que confortava. Mas, por algum motivo, naquele dia, um vazio lhe pesava no peito.
Gustavo sempre acreditou que alimentar pessoas era sua missão. Desde pequeno, via sua avó sovando a massa e repetia o ritual com encanto. Quando finalmente abriu sua padaria, sentiu que havia encontrado seu propósito. No entanto, ultimamente, tudo parecia mecânico. O pão, apesar de perfeito, não lhe trazia mais aquele sentimento de completude.
Enquanto limpava a bancada, seus olhos pousaram sobre um livro aberto sobre a mesa do café. Era a Bíblia que sua mãe deixara na padaria semanas atrás, aberta exatamente no trecho de João 6.35. Ele leu as palavras e, de repente, sentiu um impacto profundo. "Eu sou o pão da vida", dizia o texto. Gustavo sabia que o pão físico saciava a fome do corpo, mas e a fome da alma?
Os últimos anos foram de conquistas, mas também de desilusões. O sucesso da padaria nunca preencheu o vazio que ele carregava. Trabalhar, servir, vender – tudo parecia um ciclo sem significado. Naquela noite, sentado ali sozinho, ele entendeu o que faltava. Alimentar o corpo não era suficiente. Ele precisava do Pão que saciava de verdade.
No dia seguinte, Gustavo chegou mais cedo ao trabalho, mas desta vez com um propósito diferente. Ele decidiu que, além de vender pão, queria oferecer algo mais: acolhimento, esperança. Preparou alguns pães para doar e colocou uma placa na porta: "Pão para quem tem fome, café para quem precisa de abrigo." A mudança foi sutil, mas transformadora.
Com o tempo, sua padaria se tornou um espaço de encontro, de histórias compartilhadas, de cura. Ele percebeu que sua missão ia além da farinha e do fermento. O verdadeiro pão não era apenas aquele que saía do forno, mas aquele que preenchia o espírito e trazia paz.
E, assim, Gustavo compreendeu que seu vazio não vinha da falta de sucesso, mas da ausência do verdadeiro alimento. Na simplicidade do pão e na profundidade das palavras de Jesus, ele encontrou uma nova forma de saciar sua fome interior. Porque, afinal, há algo maior que nutre a alma. E quem o encontra nunca mais terá fome.
Essa estória reflete sobre o profundo significado de João capítulo 6, versículo 35, mostrando como a busca pela satisfação muitas vezes vai além do físico e nos leva ao espiritual. sempre acreditamos que o trabalho quando feito com amor preenche toda nossa vida de felicidade, mas quando colocamos Jesus antes de tudo, aí sim temos a verdadeira paz e felicidade. Pense nisso! Shalom.