segunda-feira, 10 de março de 2025
HOMICÍDIO E OCULTAÇÃO DE CADÁVER

Rapaz de 19 anos que matou cunhada de 17 na região de Goioerê mentiu para a polícia

03/03/2025
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Alex da Silva Veríssimo, de 19 anos, foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver no inquérito que investigou a morte da adolescente Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos. Ele é cunhado da jovem e está preso preventivamente desde quando o corpo dela foi encontrado em um córrego em Jesuítas (58 km de Goioerê).


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Antes disso, Flávia ficou 23 dias desaparecida e o último registro dela foi feito por câmeras de segurança em uma rua da cidade.


De acordo com o delegado Leandro Almeida, o inquérito foi finalizado na sexta-feira (28). O cunhado da jovem também foi indiciado por fraude processual e tráfico de drogas.


Almeida explica que durante o desaparecimento de Flávia, Alex mudou as versões do depoimento após ser confrontado pelos policiais. Na época, ele havia dito que ele e a cunhada tinham ido até o córrego para consumir drogas, mas ela teve um mal súbito e ele jogou o corpo dela no rio.


Segundo o delegado, durante as buscas por Flávia, Alex deu pistas falsas e apresentou versões em redes sociais que levaram a polícia a caminhos diferentes do que realmente aconteceu.


RELEMBRE O CRIME - Com base nas provas coletadas durante o inquérito, Almeida acredita que a versão contada por Alex, ou parte dela, podem não ser verdadeiras.


"Na sexta-feira chegaram o restante dos relatórios suficientes para que pudéssemos finalizar esse inquérito policial. Conforme apurado no inquérito, a versão apresentada por ele realmente não condiz com todos os fatos e elementos trazidos no bojo do caderno investigatório", explicou o delegado.


De acordo com as investigações, Alex também era o responsável por adquirir a droga e fornecer a droga a menores de idade.


Com relação ao laudo necroscópico realizado no corpo de Flávia, Almeida informou que, por conta do grau avançado de decomposição do corpo, não foi possível determinar a causa da morte.


Flávia sumiu em 13 de janeiro. Conforme a investigação, ela disse aos pais que iria até a casa do namorado, na mesma cidade.


No mesmo dia, a adolescente foi filmada por uma câmera de segurança deixando o local sozinha. O último registro mostra que ela estava caminhando pela rua sem pessoas por perto. Logo depois, ela desapareceu.


Durante 23 dias, o caso foi investigado pela polícia e pelo Conselho Tutelar. Enquanto as buscas eram realizadas, pessoas próximas da jovem foram ouvidas, entre elas, o cunhado, que é marido da irmã mais velha de Flávia.


O delegado Almeida, o depoimento dele chamou a atenção da equipe e fez com que ele fosse chamado novamente até a delegacia para prestar esclarecimentos. Ao ser ouvido de novo, Alex apresentou contradições com imagens e elementos investigativos que comprovaram, conforme o delegado, que ele estava em um endereço diferente do que havia falado inicialmente.


Depois de negar envolvimento no desaparecimento, o homem confessou que esteve com Flávia em 13 de janeiro. Após, a polícia comprovou que ele a buscou na mesma data. Quando confessou o crime, o cunhado também indicou à polícia onde deixou o corpo da adolescente. No início da madrugada do dia 6 de fevereiro, o corpo de Flávia foi encontrado em um córrego de Jesuítas, próximo à uma trilha na Estrada dos Ipês. (G1 Paraná).