Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista
Estudando o texto Bíblico esta semana, li o capítulo 15 de Gênesis que pode ser considerado como um dos mais importantes no Antigo Testamento, porque descreve o estabelecimento do concerto chamado abraâmico, que se cumpre em Jesus Cristo.
Quando estudamos a vida deste patriarca podemos sentir a fé como sendo o motor da vida dele. Relembrando um pouco de sua vida, vemos que ele foi chamado por Deus para sair de sua cidade natal e, também do meio de seus parentes, coisa impensável até os dias de hoje entre os povos do Oriente médio. Seus pais e seus familiares não o impediram ou tentaram demovê-lo da ideia. Seu pai até o acompanhou a cidade de Harã, no Irã atual. Ali seu filho despediu-se da família e seguiu em frente para uma terra desconhecida, narrada por um Deus até então desconhecido para ele. A Bíblia nos relata que Abraão habitou na terra da promessa como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque, herdeiros com ele da mesma promessa, segundo a palavra em Hebreus capítulo 11, versículo 9.
Baseado na experiência de Abraão eu voltei meus olhos para a nossa realidade, e vi que as mesmas importâncias de Abraão são também desejáveis para a nossa vida. Então resolvi escrever a respeito desses dois aspectos importantes dentro do contexto.
A fé e a obediência para com Deus são dois pilares fundamentais na vida de um crente. A fé é como uma chama que ilumina nosso caminho, mesmo nos momentos mais sombrios. É a confiança no invisível, a crença de que, mesmo quando tudo parece incerto, há um propósito maior guiando nossos passos. A fé nos dá coragem para enfrentar desafios, pois sabemos que não estamos sozinhos. Sentimos a presença de Deus ao nosso lado, fortalecendo-nos a cada instante.
A obediência, por sua vez, é a manifestação prática dessa fé. É através da obediência que demonstramos nosso amor e respeito a Deus. Não se trata apenas de seguir regras, mas de alinhar nossos desejos e ações à vontade divina. A obediência é um ato de entrega, de reconhecer que os planos de Deus são superiores aos nossos e de confiar que Ele sabe o que é melhor para nós.
Imagine uma árvore forte e robusta. A fé é a raiz profunda que a mantém firme, enquanto a obediência são os frutos que ela produz. Sem raízes, a árvore não pode crescer; sem frutos, sua existência perde o propósito. Da mesma forma, a fé sem obediência é vazia, e a obediência sem fé é mecanizada e sem vida.
Em nossa jornada espiritual, é natural enfrentarmos momentos de dúvida. Podemos nos sentir tentados a seguir nossos próprios caminhos, mas é nesses momentos que a fé e a obediência se tornam ainda mais essenciais. Ao persistirmos na fé e na obediência, mesmo diante das adversidades, estamos fortalecendo nosso vínculo com Deus e permitindo que Sua graça opere em nossas vidas.
Assim, que possamos cultivar uma fé viva e uma obediência sincera, reconhecendo que cada ato de fé e cada gesto de obediência são passos que nos aproximam cada vez mais do coração de Deus. Afinal, é na entrega total e confiante que encontramos a verdadeira paz e a plenitude espiritual.
Terminando estamos no início do ano de 2025, e ainda muitos projetos e planejamentos estão sendo preparados, não esqueçamos de colocar esses dois aspectos importantes para nossa vida dentro da realidade de Cristo. Shalom.