quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
GOIOERÊ – VEJA DENÚNCIA

Professor é acusado de assediar alunas no Campus da UEM em Goioerê 

09/01/2025
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Acontecem nesta quinta e sexta-feira (9 e 10 de janeiro) os depoimentos em processo administrativo disciplinar contra um professor do curso de Física Médica da Universidade Estadual de Maringá, campus de Goioerê, acusado de assédio moral, sexual e importunação sexual. 


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A denúncia, ocorrida no início de agosto passado, foi feita através do site UEM Sem Assédio, iniciativa do Grupo de Trabalho do Comitê de Direitos Humanos que visa a eliminar todas as formas de assédio (moral, sexual, discriminação ou preconceito). As informações são do portal do jornalista Angelo Rigon.


O professor investigado, que não foi afastado e após a formalização da queixa foi nomeado para outros cargos pelo reitor Leandro Vanalli, foi denunciado por alunas e, depois, com suas respectivas testemunhas, encaminharam as denúncias à Ouvidoria do Estado. 


Ele é acusado de passar as mãos entre as pernas de uma aluna por duas vezes e ter mordido o ombro de outra. Os fatos teriam ocorrido na presença de outros alunos, testemunhas que fizeram seus depoimentos na sindicância. Ele teria ainda tentado assediar moralmente professoras colaboradoras que iriam prestar concurso público na vaga de docente do departamento, além de ser acusado de vazar dados relativos a provas de concurso antes de serem oficialmente anunciadas no site da UEM e no Diário Oficial.


Em varredura no laboratório que era frequentado pelo professor, as alunas encontraram câmeras “camufladas em relógio, espelhos, dentro de canos”. Também foi encontrada uma caixa com três calcinhas usadas de tamanho juvenil, mostradas para o chefe de departamento e para o coordenador de curso. Todos esses fatos estão relatados nos depoimentos da sindicância. Na denúncia à Ouvidoria foi anexado um áudio em que o professor estaria tentando coagir uma das estudantes, após ficar sabendo que havia sido denunciado.


POSIÇÃO DA UEM – A propósito do caso, a UEM, através da Assessoria de Comunicação, divulgou nota informando que a comissão de sindicância foi constituída em 20 de agosto, através de portaria assinada pela diretora do Centro de Ciências Exatas, para apurar a conduta do professor. Após a conclusão dos trabalhos, a Comissão de Sindicância recomendou a instauração de um processo administrativo disciplinar (PAD). O reitor Leandro Vanalli acatou a recomendação e nomeou uma comissão, formada por professores da UEM cujos membros foram indicados pelo corregedor, para deliberar sobre o assunto em 14 de novembro de 2024, através da portaria nº 1.213/2024-GRE. Enfatiza que não houve, em nenhum momento, substituição dos membros das comissões.


Ainda de acordo com a ASC/UEM, a nomeação do professor para as funções de supervisor do serviço de radioproteção do Hospital Veterinário de Umuarama e da Clínica Odontológica ocorreu anteriormente à abertura da sindicância e foi baseada em critérios técnicos, considerando a especialização do professor em radiologia e radioproteção.


“A UEM reafirma seu compromisso com a condução imparcial e responsável do caso, assegurando o respeito aos princípios da transparência, da legalidade e do direito à ampla defesa”, diz a nota, que resume: a UEM tomou as medidas cabíveis para apurar a conduta do professor de Física Médica, seguindo os trâmites legais com a instauração de sindicância e posterior processo administrativo disciplinar.


A nomeação do professor citado para a supervisão dos serviços de radioproteção foi anterior à sindicância e baseada em critérios técnicos. (Texto e informações são do portal Angelo Rigon).