quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
ENTENDA O CASO 

Criança que morreu após levar uma picada de abelha no Paraná já havia sido atacada por enxame 

17/10/2024
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Cristofer Yuri Silva de Melo, menino de 6 anos de idade que morreu após levar uma picada de abelha no sítio do avô em Sengés, nos Campos Gerais do Paraná, foi atacado por um enxame há aproximadamente seis meses – e, naquele caso, teve apenas reações alérgicas.

A criança foi novamente vítima de um ataque de abelha na segunda-feira (14). Ele chegou a ser socorrido com vida, mas faleceu no Hospital Municipal Carolina Lupion, em Jaguariaíva, cidade vizinha.

A mãe dele, Tania Grazy, conta que no início deste ano ele levou picadas de cerca de 10 abelhas pelo corpo. Ele teve um inchaço temporário característico de alergia, mas foi medicado com antialérgico e ficou bem.

Segundo ela, a equipe médica que atendeu o menino desta vez explicou que a situação se agravou para óbito porque, apesar de ele ter levado uma única picada, ela foi no pescoço. Por isso, o veneno do ferrão foi direto para a corrente sanguínea da criança.
Segundo informações do hospital, o menino sofreu um choque anafilático, ou seja, uma reação alérgica grave. Na sequência, ele teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Família estava passeando
Tania conta que Cristofer e a família estavam passeando no sítio do avô para comemorar o Dia das Crianças, e os parentes não sabiam que ele tinha uma alergia tão forte a abelhas.

A mãe relata que a criança estava na cozinha quando foi atacada. Os familiares, então, tiraram o ferrão e passaram álcool no local da picada, mas logo depois Cristofer começou a ficar arroxeado.

A propriedade fica na área rural de Sengés. Segundo Tania, a família primeiro procurou o posto de saúde da localidade, mas o local estava sem médico e antialérgicos. O g1 questionou a prefeitura municipal sobre o assunto e aguarda resposta.

De acordo com a mãe, o hospital mais próximo era o de Jaguariaíva, a cerca de 50 km do sítio, e sem área no celular, familiares decidiram levar o menino ao local. Quando conseguiram completar ligações, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que por sua vez pediu apoio ao Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).

Os socorristas encontraram a família no caminho e perceberam que a criança estava em parada cardiorrespiratória. Segundo o hospital, a partir do momento que a instituição foi avisada que o menino estava a caminho, levou cerca de 40 minutos para eles chegarem ao hospital.

A equipe também disse que Cristofer já chegou morto ao hospital e a equipe tentou reanimá-lo por cerca de 40 minutos, mas ele não resistiu.

Cristofer foi velado na Capela Iara Marquês Dib, em Sengés, e sepultado na manhã de terça-feira (5) no Cemitério Municipal. (Fonte: G1)