Nas últimas semanas, o Soldado Silva, do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, que também é o Educador Social do Proerd, atuou em conjunto com a equipe da Vigilância Sanitária do município de Goioerê para abordar um assunto que tem se tornado “modinha” entre os jovens, mas que está causando transtornos no ambiente escolar e que pode causar diversos problemas de saúde.
CLIQUE AQUI E RECEBA NOTÍCIAS DO GOIONEWS EM SEU WHATSAPP
Os cigarros eletrônicos, mas popularmente conhecidos por “VAP”, “VAPER” ou “PODE” são aparelhos utilizados de forma indiscriminada e de forma totalmente ilícita no município. E o pior, que se constatou que centenas de pais e mães estão tendo conhecimento, comprando para seus filhos e o pior, consentindo que o filho utilize um aparelho que contem inúmeras substâncias tóxicas presente na fumaça, entre elas o níquel, chumbo, benzeno e muitas outras. Todas muito perigosas para o corpo humano e pior ainda para o corpo de uma criança ou adolescente que ainda está em desenvolvimento corporal, hormonal, psicológico e emocional, podendo causar problemas irreversíveis.
No Estatuto da Criança e Adolescente – ECA - há norma legal que proíbe que esse público juvenil tenha acesso a qualquer substância que cause a dependência, sejam bebidas alcoólicas ou cigarros, sendo esse último que contem a nicotina que causa além da dependência outras doenças. Cabe ressaltar que qualquer adulto, comerciante ou os pais (responsáveis) serão penalizados perante a lei. E se for verificado que os pais e/ou responsáveis legais cedem ao menor, autorizam ou tem conhecimento que a criança ou adolescente sobre seus cuidados faz uso ou possui tal aparelho poderão ser responsabilizados de acordo com o Artigo 243 do ECA com pena de detenção de 2 á 4 anos além de multa.
Para o comerciante de qualquer tipo, ainda mais o estabelecimento de “TABACARIAS”, conveniência e etc. Podem ser responsabilizados nesse mesmo artigo e outros do código penal, até mesmo pelo fato de uma criança ou adolescente permanecer dentro do estabelecimento.
A ação que foi desenvolvida foi impulsionada após a recomendação administrativa 05-2024 do Ministério Público na Comarca de Goioerê que percebeu uma incidência muito grande de jovens utilizando o aparelho, que de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária -ANVISA, todos esses aparelhos são proibidos no Brasil, ou seja, para qualquer público, seja adultos ou adolescentes. E passa a agravar ainda mais porque jovens tem levado os cigarros eletrônicos para fumar dentro de escolas, nos banheiros e demais lugares, ou até mesmo dentro de ônibus ou vans com outras crianças mais jovens ainda.
As palestras de orientação e conscientização sobre o assunto está sendo desenvolvido em todas as escolas do município, particulares e estaduais no objetivo de alcançar praticamente 100% dos jovens estudantes e assim mostrar os malefícios dos cigarros eletrônicos para a saúde além das consequências legais para os que desrespeitam o ECA, a lei federal e estadual antitabagismo vigente que proíbem o uso de cigarros comuns e seus derivados em espaços públicos e de concentração de pessoas.
Tais aparelhos causam problemas gravíssimos nos pulmões e também para o cérebro do jovem em desenvolvimento, ainda mais a dependência que pode ser constatada ao ver o comportamento de certos alunos que fazem uso disso.
“Alertamos os pais para que tenham conhecimento da situação e tomem atitudes para coibir o uso desses aparelhos e se for o caso procurar ajuda médica. Seja o adulto ou jovem, para ter uma vida mais saudável e sem riscos de sofrer um infarto, derrame cerebral ou câncer de pulmão é importante cessar o uso imediatamente, ou então procurar a secretaria municipal de saúde do município ou então as unidades básicas de saúde para buscar ajuda, e o SUS oferece o tratamento gratuitamente a toda população”.