sábado, 28 de setembro de 2024
CRÔNICA

Festas Juninas

14/06/2024
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista


Estamos em Junho e em algumas regiões de nosso País durante este mês são realizadas as chamadas festas juninas, mas será que temos conhecimento destas festas, serão simplesmente manifestações folclóricas como dizem alguns? Ou seriam festas religiosas que o povo foi aos poucos mudando para festas seculares?
Se olharmos sua gênese veremos que elas nasceram em Portugal, e que eram festas relativas a agricultura, quando se colhiam os frutos plantados no final do inverno. Poderíamos afirmar que é a festa bíblica da colheita ou festa de Pentecostes. 
Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento, originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
Festa da Colheita ou Sega. Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Festa da Colheita é o nome original conforme o livro de Êxodo, capítulo 23, versículo 16: '“Celebre a Festa da Colheita dos Primeiros Frutos do seu trabalho de semeadura”. 
Era também chamada de Festa das Semanas, ela tinha duração de sete semanas. E seu início era 50 dias após a Páscoa, planta de inverno, e terminava com a colheita do trigo. 
Festa das Semanas. A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo conforme Deuteronômio capítulo 16, versículos 9 e 10: “contem sete semanas, quando começarem a fazer a colheita, iniciem a contagem das sete semanas. Celebrem a Festa das Semanas ao Senhor seu Deus, com ofertas voluntárias trazidas por vocês, segundo o Senhor, seu Deus os tiver abençoado”
Assim é que no Nordeste Brasileiro a festa dura 4 semanas, somente que agora é uma festa totalmente secular, mas que ainda traz lembranças da festa primitiva, com produtos típicos da época, que é o milho.
Mas a alegria da festa que mostra a fartura ocorrida no campo lembra no interior as palavras contidas em Deuteronômio, ofertas voluntárias segundo o Senhor seu Deus os tiver abençoado. Esta festa mostra que quando a chuva se faz presente em quantidade e a oferta de água para a planta é na quantidade, o Senhor deveria ser lembrado com grande júbilo. Mas o comércio e o secularismo infelizmente tomaram conta de uma grande festa ao Senhor Deus.
Nós aqui no Sul não comemoramos com a mesma intensidade a festa das Colheitas, mas em algumas cidades ainda é um grande festejo. Somente que deveríamos nos voltar ao Senhor que nos deu todas as condições de plantar e colher o melhor do fruto, pensemos nisso quando semearmos nossa próxima planta. Shalom.