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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Tivemos nesta semana, no domingo e no dia 30 de maio as duas últimas festas da Igreja de Cristo, no domingo festejou-se o dia da Santíssima Trindade e na quinta feira o dia da Eucaristia.
Essas duas festas, simbolizam a nossa fé em um único Deus, que veio estar junto a nós, morreu, ressuscitou e subiu aos céus com seu corpo vivo. O dia da Santíssima Trindade que é um conceito central na teologia cristã, que descreve a natureza de Deus como uma unidade composta por três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa doutrina é fundamental para a compreensão da fé cristã e tem sido objeto de estudo e reflexão ao longo dos séculos. A própria Bíblia nos revela esse conceito quando temos no Antigo Testamento a presença do Pai e em alguns momentos o Filho se apresentando, como por exemplo quando da destruição de Sodoma e Gomorra, em Gênesis capítulo 18, versículo 1: “O Senhor apareceu a Abraão perto dos carvalhos de Manre, quando ele estava sentado à entrada de sua tenda, na hora mais quente do dia”, e promete um filho à Abraão. Neste texto observamos que Jesus pré-existêncial, vem com dois anjos para destruir as cidades e come e conversa com Abraão. Mas basicamente o todo o Antigo Testamento é dedicado ao Pai. Depois temos no Novo Testamento o nascimento e a vida de Jesus, segunda pessoa da Trindade, e após a assunção de Jesus temos o Espírito Santo que nos guia até os dias atuais. 
Um dos grandes problemas da humanidade é olhar para Deus como se Ele próprio fosse o maior mistério da humanidade, e desde cedo, a Igreja precisou formular uma doutrina sobre a Trindade para se proteger de falsos ensinos. Algumas heresias incluem: Modalismo: Defendia que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram manifestações históricas de uma única pessoa divina.
Adocianismo: Afirmava que Jesus não era divino, mas alguém com poder especial de Deus.
A origem da doutrina da Trindade é a Bíblia, embora a palavra Trindade não seja usada nela. Desde o início da igreja, os cristãos têm entendido o mistério da Trindade, mesmo antes de começarem a usar o termo Trindade. Os primeiros crentes sabiam que o Pai e o Filho enviaram a terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo — "outro Consolador" — para viver em nossos corações como o próprio Senhor Jesus proclama em João capítulo 14, versículos 16 e 17: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês”.  Esses mistérios foram totalmente aceitos pela igreja primitiva como verdade revelada, mas sem o rótulo de "a Santíssima Trindade".
E na quinta feira temos a festa da Eucaristia, que foi formulada na última Ceia de Jesus e seus discípulos, a Eucaristia é um dos sacramentos centrais da fé cristã, ela representa a presença real de Jesus Cristo, de corpo, sangue, alma e divindade, sob as aparências de pão e vinho, como o Senhor Jesus nos ensina no evangelho de Lucas capítulo 22, versículos 19 e 20: “Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês”. Em outras palavras todas as vezes que nos achegamos ao altar, seja na Igreja Católica ou nas Igrejas Evangélicas, fazemos um memorial dessa Santa Ceia, que devemos sempre nos lembrar de como Jesus quer que procedamos em nossas idas diuturnamente, e não somente no emocional aos domingos na hora em que somos chamados à receber o Pão e o Vinho.
Estas festas que comemoramos todos os anos servem para nos lembrar de que somos cristãos seguidores de um Deus Vivo e atuante em nossas vidas. Shalom.