sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
CRÔNICA

Pentecostes

19/05/2024
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista


Neste domingo comemoramos o início da Igreja de Cristo, um evento majestoso, pois nasce sob a Graça e o Poder de Deus. A Igreja Cristã, ou como deve ser realmente chamada a Religião Cristã, vem ao mundo em uma das festas que acontecia em Jerusalém, chamada de festa das Primícias, mas vamos conhecer as grandes festas do antigo calendário judaico que são importantes para nós. A primeira é a Páscoa, celebrada junto à dos pães Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.
Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
Festa da Colheita ou Sega - Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome.
Festa das Semanas - A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo. 
Dia das Primícias dos Frutos - entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos, que nos referimos acima.
Ela ao ser chamada de festa das Semanas, lembra o número de luas que acontecia entre a festa da Páscoa (saída do povo do Egito), até o início da colheita dos grãos, são contadas 7 setes luas cheias. Os judeus ofereciam as primícias do pão feito com o trigo da nova colheita. Esta festa também era chamada Festa das Semanas. Alguns ambientes judaicos comemoravam a promulgação da Lei entregue a Moisés sobre o monte Sinai. 
O interessante são as coincidências de datas, Jesus nasce na primavera judaica provavelmente entre os meses de março e abril, e vem a morrer e ressuscitar também nesses meses. Sua ressurreição mostra a semente caindo ao solo, e depois brotando, lembra a força da vida. 
Já o Pentecostes nos lembra a ceifa, ou a sega, quando se vai ao campo para colher o fruto, no caso o trigo e a cevada. Que plantada no inverno é colhida na primavera, nos meses de maio e junho.
Essa é a maravilhosa gênese de nossa religião. Servir a Cristo é servir ao Único Deus vivo e atuante no mundo. Todos os outros deuses são mortos ou nascidos da inteligência do homem.
E estar sob sua guarda e proteção é ter a certeza que Ele nunca falhará, ou deixar de nos ouvir. O Espírito Santo Senhor na atualidade é também nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como devemos orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis, conforme o apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos capítulo 8, versículo 26 ensina.
Neste domingo comemoremos com vivo amor e fervor este início majestoso do Cristianismo. Shalom.