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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Nesta segunda feira dia 04 de março fui convidado para levar uma Palavra Bíblica aos nossos nobres vereadores. Busquei no altar do Senhor uma Palavra que revelasse nosso momento atual, mas também pensando nas eleições deste ano para os cargos municipais.
E fui direcionado para o livro de Atos capítulo 6 que conta a história da eleição dos diáconos do Senhor. E em sua importante palavra e orientação que serve para todos os cargos eletivos hoje em nosso País, o versículo 3 chamou minha atenção pois ele diz: “escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esse importante trabalho”.
E a primeira parte do versículo 5: “e este parecer contentou a toda multidão, e elegeram...”, todos os novos servidores da mesa nós os conhecemos bem, pois se demonstraram muito além do trabalho de servir as mesas.
Senão, vejamos Estevão, que o escritor de Atos diz: “homem cheio de fé e do Espírito Santo”, poderíamos citar também Felipe que ainda em mandato evangelizou o etíope, que era eunuco e mordomo mor de Candace, rainha dos etíopes, e todos os outros candidatos eleitos eram também cidadãos de boa reputação. Se usássemos a terminologia atual diríamos que todos eles eram ficha limpa, não tinham denuncia ou condenação na justiça dos homens.
Eis aqui uma boa base para escolhermos nossos próximos candidatos a vereador e à prefeito. Que sejam homens e mulheres tementes a Deus em primeiro lugar, depois de boa reputação, ou com filha limpa, que usem seus cargos não para proveito próprio, mas para o bem da população que os escolheu, e que sirvam a mesa, trabalhem para o município com amor, sinceridade, vocação e vontade. Que batalhem por suas ações e saibam que servir a mesa é de grande responsabilidade, pois se naquele tempo todas precisavam se alimentar na mesma quantidade e hora, hoje nossos bairros precisam de melhorias nas mesmas quantidades e nos mesmos momentos. 
Pode parecer estranho, mas concorrer a um cargo público e estar disponível durante o mandato em tempo integral, porque seu trabalho é chamado de servidor público, é o mesmo que em nossas igrejas o trabalho de diácono. 
Diaconia é um termo que se refere à ação ministerial desenvolvida pelo diácono, servo ou ministro. É também um grau de hierarquia dentro da Igreja de Cristo, que se ocupa de receber e distribuir esmolas, ajudar ao próximo em todas as necessidades que o fiel procura no âmbito da igreja. A diaconia é inspirada no estilo de vida de Jesus, que se expressa através do amor ao próximo, da comunhão inclusiva, da preservação da criação de Deus e da luta pela justiça.  
A característica básica do serviço de Jesus consiste em ter dado sua vida. Todo viver de Jesus foi doação. É o que compromete, também, a diaconia de seus discípulos. Não se resume em atividade beneficente qualquer. Na verdade, só se pode falar de diaconia se algo de sacrifício e doação espontânea lhe for inerente. Isso não proíbe a remuneração de ministros e ministras. Significa, isto sim, que diaconia autêntica sempre ultrapassa o que dinheiro é capaz de pagar. Diaconia não se prende à equivalência entre serviço e salário. Sabe dar de graça. Baseia-se na autodoação do amor.
As características observadas acima do que é ser diácono, é a mesma que se exige de alguém que se candidata a um cargo público, a doação de tempo, a doação de sua vida, deve ser total. Pois dentro do ser servidor público ultrapassa o que o dinheiro é capaz de pagar.
Nestas eleições que saibamos escolher entre todos os que se apresentarem os melhores, e o façamos segundo o texto do livro de Atos para tão importante tarefa. Shalom.