Goionews - Todo mundo lê!

Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Interessante como há alguns anos nosso dinheiro ninguém queria falsificar. Seu valor era tão ínfimo que não se justificava a perda de tempo. Começou-se então no Brasil a se falsificar o dólar, moeda americana de grande valor, e essa atitude resultou na invenção de uma maquina de verificação de autenticidade, mais tarde esse mesmo engenho tornou-se na caneta de autenticidade, pois todos os que trabalham com a moeda americana não queriam e não querem de repente se verem envolvidos em falsidade, e perderem dinheiro.

Agora, no entanto o cenário mudou e falsificar moeda brasileira tornou-se um negócio atraente, pois a moeda é valorizada no mercado interno e também no mercado externo. Temos hoje reputação de moeda boa, sólida, sem que faça as pessoas perderem o sono com as constantes desvalorizações da moeda. Então o que se vê é uma enxurrada de moeda falsa inclusive em nossa cidade onde já diversas apareceram para desespero de comerciantes e bancos, e todo cuidado tornou-se necessário. O Banco Central mudou o padrão de fabricação, criou-se a primeira nota em plástico do mundo, fibras e tintas de segurança foram colocados na tentativa de tornar a moeda menos susceptível a falsificação, e agora com novo padrão e tamanho, embora muitas vezes ainda os larápios possam conseguir o intento.

Mas não é só o dinheiro que sofre com a falsificação, alimentos, roupas, perfumes, e até automóveis são presas fáceis de pessoas inescrupulosas, crendo que assim poderão auferir grandes lucros e que nunca pagarão pelo crime cometido.Mas a falsificação não é um produto novo no mercado, desde tempos imemoriais o homem já buscava enganar seu semelhante com a falsificação, e aqui incluo também a fé, pois desde Jesus já existiam pessoas propensas a demonstrar falsamente sua fé na tentativa de obter lucro de Deus ou dos homens, acreditando que com sua atitude teriam mais e maiores ganhos. 

Quando lemos o texto bíblico vemos que o apóstolo Paulo em sua primeira viagem missionária teve um encontro com um desses falsários, e assim nos conta a história em Atos capítulo 13. versículos 6 a 8: “havendo atravessado a ilha toda até Pafos, acharam certo judeu mágico, falso profeta, chamado Bar-Jesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus. Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (que assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul”.

Quantas vezes ainda hoje assim nos acontece, quando estamos falando das coisas de Deus a algum conhecido ou até a desconhecidos, sempre aparece um falsário que busca como diz o texto de Atos apartar da fé a pessoa. Temos visto uma proliferação de religiões, seitas e enganos que na verdade não passam de falsários da fé, buscando a quem tragar, para assim terem lucro sem se importar com a verdade da palavra. 

Paulo termina este relato dizendo: “Ó filho do diabo, cheio de todo engano e de toda malícia, inimigo de toda justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?” Atos capítulo 13, versículo.9 Assim como no dinheiro é necessário verificar sua autenticidade, também precisamos verificar a autenticidade da palavra que ouvimos, pois ali está uma das maiores decisões de nossa vida, se não verificar poderemos infelizmente ter nosso destino mudado para o mal, mas ao buscar pela autenticidade e buscar pela verdadeira palavra de fé e salvação teremos um futuro eterno ao lado de Deus Pai, vivendo sob sua direção e orientação agora e na eternidade.

Já pensou nisso? Veja se não está recebendo palavra falsa e está comprometendo toda sua vida, antigamente quando ainda usávamos o CD Player as gravadoras de música alertavam para que não comprássemos CD pirata pois eles poderiam danificar o aparelho. E hoje faço uma paráfrase: não compre o deus errado, pois poderá danificar sua eternidade. Shalom.