As 14 presas condenadas pelo crime de organização criminosa, por terem relação com a facção criminosa PCC, a partir da cadeia pública de Goioerê, já foram transferidas para outras unidades prisionais.
Conforme informações do Depen (Departamento Penitenciário), a transferência dessas presas foi realizada a partir de setembro de 2020, sendo concluída em maio deste ano.
Atualmente não há nenhuma presa considerada “faccionada” na cadeia de Goioerê, que desenvolve um trabalho de ressocialização, e quando há qualquer indício de relação com facção criminosa, é providenciada a transferência, conforme informou o Depen.
CONDENAÇÃO
A denúncia do MPPR resultou de investigação conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Goioerê, que identificou a atuação de integrantes do grupo criminoso na comarca. Provas do crime foram identificadas a partir da apreensão de diversos aparelhos celulares, chips e carregadores em uma inspeção realizada na carceragem em julho de 2020.
Entre os itens encontrados nas celas, havia anotações diversas dando conta da movimentação da facção, como lista de devedores e pagadores, menção a datas de “batismo” no grupo, responsabilidades das participantes e regras de disciplina, entre outros dados.
Das 14 denunciadas, 12 foram sentenciadas a penas de 6 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão e multa, e duas delas, a 5 anos e 22 dias de reclusão – foram agora expedidos os mandados de prisão definitivos. Três das mulheres estão em prisão domiciliar e permanecem assim, e as demais seguem em regime fechado. Cabe recurso da decisão judicial, mas não foi conferido às rés o direito de recorrer em liberdade.
Este seria apenas o primeiro processo de responsabilização criminal de presas da cadeia de Goioerê a partir de dados coletados em telefones celular, e outras denúncias deverão acontecer.