Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista
Alguma vez em sua vida você já se achou igual a Deus? Ou já pensou, se fui criado a imagem e semelhança de Deus então sou parte de Deus, e se sou parte de Deus eu posso fazer as mesmas coisas que Deus faz. E se sou parte de Deus então não preciso de Igreja, nem nada, pois posso praticar minha adoração sozinho.
Esse tipo de pensamento é mais comum do que podemos supor, acreditamos que por termos sido criados do barro e feitos pelas mãos de Deus que nos formou segundo a sua imagem, mas conforme sua semelhança somos iguais a Ele. Nos esquecemos que também podemos fazer uma imagem da nossa semelhança e nem por isso podemos dar vida a essa imagem, nem ela poderá conversar e agir conforme nós agimos.
E por que não podemos? Porque nos falta o que Deus fez em nós segundo o que está escrito no livro de Gênesis capítulo 2, versículo 7: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Nós não podemos soprar nas narinas da imagem o fôlego da vida que transforma o barro em alma vivente. Essa é a diferença total, a imagem que fazemos continua sendo imagem, não tem vida, não anda, não fala, precisa ser escorada para não cair. Podemos dizer em outras palavras que somos a criação majestosa de Deus, pois ao soprar em nossas narinas o fôlego da vida, deu-nos também a inteligência para o adorarmos em espírito e verdade, como nos diz Jesus no evangelho de João capítulo 4, versículo 23: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
Por mais que nos achemos grandiosos, ou perfeitos, sem a Graça e o Amor d’Ele nada somos, pois o pecado nos roubou toda beleza que tínhamos. E o pior, não usamos nossa inteligência para adorar e servir a Deus, mas a usamos para fazer exatamente o contrário.
Passamos por problemas e perrengues na vida exatamente por não buscarmos a Deus em nossos atos, e nos momentos que a angústia nos assola. Guardamos a amargura como bem precioso, não perdoamos, pois, acreditamos que os outros é que devem nos pedir perdão, e não nós, pobres injustiçados.
Quando o pecado entrou em nossas vidas e nos tirou a maravilha de Deus, ele trouxe junto a morte, fato que ainda não gostamos nem de ouvir, quanto mais de falar, mas infelizmente é um fato, e Tiago em grande sabedoria nos diz que somos como a neblina: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece”. Se tivéssemos a Palavra como norma de vida, com certeza seríamos e agiríamos diferente. Seríamos melhores em nossos relacionamentos, perdoaríamos mais, não seríamos tão egoístas, nem tão maus, não agiríamos com violência, e teríamos uma vida mais tranquila com menos doenças, pois nosso corpo reagiria como fora programado pelo Criador.
Então em vez de procurar pela morte com álcool, com ações perigosas, procure conhecer mais a Palavra da vida, e busque viver segundo as orientações contidas nessa palavra. Conhecer a Deus, servi-lo com honra e amor, obediência e fidelidade e buscar pela vida plena e abundante que Jesus quer nos dar, conforme Ele mesmo nos ensina no evangelho de João capítulo 10, versículo 10: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. Shalom.