
Continuando a série de reportagens sobre prostituição em Goioerê, o Goioerê mostra como funciona o “delivery de mulheres”, modalidade que surgiu após o fim da zona do baixo meretrício.
A modalidade de agenciamento de mulheres por fotografias começou em Goioerê quanto o termo “book rosa” surgiu na novela “Verdades Secretas”. O book rosa é o termo utilizado para se referir a um catálogo de fotos de pessoas que, em troca de dinheiro, serviços sexuais.
No book rosa, a característica principal das mulheres era ter corpo de modelo – alta e magra. Já no delivery de mulheres, basta ser atraente, já que a escolha é feita por fotos.
O preço depende do tipo de local. Uma saída apenas para uma relação sexual o preço fica em torno de R$ 300,00. Para passar a noite em uma festa privada, por exemplo, o preço já sobe para R$ 500,00.
Segundo uma mulher que já participou desse tipo de serviço, mas largou porque agora tem um cliente exclusivo, o agenciador fica com cerca de 30% do valor recebido pelo programa, mas essa comissão é flexível.
O serviço é cercado de sigilo, já que a exploração da prostituição é crime. Os contatos com o agenciador, que tem as fotos das garotas e faz a intermediação, geralmente são feitos por indicação. Um cliente passa para o outro, no conhecido “marketing boca-a-boca”.
A mulher que já participou do serviço diz que por causa desse sigilo, não aparecem muitos serviços, mas ela conta que já participou de festas onde foram contratadas até dez mulheres. No entanto, diz a mulher, os convites para encontros íntimos são os mais frequentes.