A ZBM – Zona do Baixo Meretrício – deixou de funcionar há cerca de três anos em Goioerê, depois de as casas serem interditadas por órgãos públicos.
A prostituição, contudo, não acabou. Aliás, ganhou uma nova modalidade com o advento das redes sociais, onde os contatos entre homens e mulheres para relações sexuais pagas foram facilitados.
Uma garota de programa que atua em Goioerê diz que com a internet ficou mais fácil, pois podem escolher com quem sair, combinar preço antes e não cara a cara e “se ver que é barra pesada”, ou não gostar da pessoa, cair fora sem dar maiores explicações. Além disso, não tem a exposição pública de uma ZBM ou dos antigos pontos de prostituição da cidade.
Os contatos, segundo ela, são feitos com clientes já conhecidos ou por outras pessoas, apresentadas por amigas ou indicados pelos próprios clientes.
Os valores cobrados por programa, conforme a garota, vão de R$ 150,00 a R$ 300,00 em média. “Tem quem cobra mais e quem cobra menos, mas tudo depende do cliente” – diz, contando que a maioria das garotas tem clientes fixos.
A garota reclama que na internet há concorrência das mulheres que fazem programas eventuais e não vivem disso, e saem com homens quando estão em dificuldade ou precisam de dinheiro para uma roupa ou para uma festa.
A garota conta que apesar das facilidades das redes sociais para o contato, as mulheres que trabalham como garotas de programa não se expõem abertamente e a maioria age através de indicações de outros clientes ou de amigos e amigas.